segunda-feira, 10 de junho de 2013

Claudinei elogia evolução tática de Gabriel e postura pós-Copinha


Gabriel Gabigol Santos (Foto: Ricardo Saibun/Divulgação Santos FC)Gabriel teve bom início no profissional do Peixe

(Foto: Ricardo Saibun/Divulgação Santos FC)


Apontado como a principal joia do Santos pós-Neymar, Gabriel Barbosa tem se firmado como uma espécie de 12º jogador no Peixe neste Brasileirão. O meia-atacante de 16 anos e multa de R$ 132 milhões, promovido ao time principal ainda com Muricy Ramalho, participou dos quatro jogos da equipe na competição, sempre entrando na etapa final, e vem agradando, especialmente quando atua ao lado de outro Menino da Vila, Neílton.


Técnico santista após a demissão de Muricy, Claudinei Oliveira deu sequência às chances de Gabriel, colocando-o em campo contra Grêmio (empate por 1 a 1) e Criciúma (derrota por 3 a 1). Em Santa Catarina, apesar do revés, foi do meia-atacante a jogada que culminou no gol de Neílton, já no fim da partida. A aposta no garoto, segundo o treinador, justifica-se pela evolução do atleta do começo de ano para cá - período, aliás, no qual Claudinei passou a trabalhar diretamente com o alvinegro quando ainda dirigia a equipe sub-20.


- Ele evoluiu bastante, melhorou muito taticamente em relação ao que era. Quando assumi (o profissional), ele já estava no elenco e tinha entrado bem contra o Botafogo, no último jogo do Muricy. Precisávamos de um atacante de beira de campo e achei que ele vinha em um momento psicológico melhor que o do Patito, até por aquele meu primeiro jogo ser na Vila Belmiro (contra o Grêmio). Ele entrou com um astral legal, tem ido bem e está integrado. Quando precisarmos de jogadores de beirada, é uma ótima opção que temos - elogia.



O detalhe é que, no começo do ano, Claudinei optou por não chamar Gabriel para a disputa da Copa São Paulo. Antes de a lista ser divulgada, o treinador pedia calma e já admitia que poderia não chamar o meia-atacante, com receio de colocá-lo contra garotos até quatro anos mais velhos. De acordo com o técnico, a decisão de "poupar" o jogador da Copinha se deu também em respeito à garotada campeã paulista sub-20 em dezembro, com quem já trabalhava desde o início de 2012. Claudinei, porém, destaca a postura de Gabriel, mesmo fora da competição.


- Ele (Gabriel) tinha feito a temporada toda com os sub-17, enquanto os meninos que jogaram o Paulista e foram campeões estavam comigo o ano todo. Garotos como o Diego (Cardoso), Neílton, Lucas Crispin, Stefano Yuri, Giva... Então é difícil pegar o menino do sub-17, que nem foi campeão, e colocar no lugar de um que deu a vida e o sangue durante um ano inteiro contigo. Achei que, naquele momento, não cabia - explica.


- Mas ele foi profissional. Treinou com o time de cima, depois trabalhou conosco (sub-20) quando o Neílton subiu e foi chamado de vez pelo Muricy. Teve comportamento exemplar - completa.


O Santos volta a campo na quarta-feira, às 19h30m (de Brasília), contra o Atlético-MG, na Vila Belmiro, pela quinta rodada do Brasileirão. Diante do Galo, Gabriel pode até surpreender e ser titular, já que sem Montillo e Felipe Anderson, Claudinei pode optar por uma formação com um centroavante (Willian José) e dois atacantes abertos.