sábado, 8 de junho de 2013

Sucesso em 2010, Robinho ainda tem 'potencial de marketing', diz gerente


Robinho - futevôlei - Santos (Foto: Bruno Gutierrez)Robinho passa férias em Santos e curte futevôlei

(Foto: Bruno Gutierrez)


Desde julho de 2010, quando Robinho ergueu o troféu da Copa do Brasil e encerrou sua segunda passagem pelo Santos, torcedores e dirigentes esperam o retorno do Rei das Pedaladas à Vila Belmiro - desta vez, em definitivo. Com a janela de transferências que se abre em julho, a esperança santista é de que o sonho, enfim, vire realidade. Assim como da última vez, a expectativa é que a vinda do atacante seja viabilizada por meio de ações de marketing. Ainda que o cenário não tenha os atrativos de quatro anos atrás, Armênio Neto, gerente de marketing santista, crê que a imagem do ídolo ainda tem potencial para ser trabalhada.


- Ninguém ainda me consultou sobre isso (projeto de marketing para viabilizar Robinho), então estou ansioso (risos). Ele tem uma baita imagem bacana, que dá para trabalhar bastante. É difícil comparar o mercado de agora com o de quatro anos atrás. Era ano de Copa, ele era um dos pilares da Seleção e precisava jogar, e agora ainda estamos a um ano do Mundial. O Neymar foi um ponto fora da curva em termos de visibilidade, mas no meio desse caminho você tem o Robinho, que tem enorme potencial - avalia.



Em 2010, os salários de Robinho, que pertencia ao Manchester City, da Inglaterra, estavam avaliados em R$ 1 milhão mensais, cabendo ao clube uma parcela dentro do teto salarial, então de R$ 160 mil, e a maior fatia a alguns patrocinadores - o Santos trouxe o jogador por empréstimo até o término da Copa do Brasil. A aposta deu resultado, dentro e fora de campo. Para Neto, o Peixe soube avaliar o mercado e apostar no que o atacante representava, inclusive, em termos nacionais.


- Percebemos uma oportunidade, fomos rápidos e ousamos. O Robinho estava encostado, queria ir para a Copa, era um cara de confiança do Dunga e restavam seis meses para o Mundial. Fizemos contato com o clube e o atleta, argumentamos que ele era um ativo muito valioso para ficar parado e que o devolveríamos mais forte. Reduzimos a pedida (salarial) e geramos os contratos publicitários. O anunciante sabia que era interessante, pois ele era o ícone daquela Seleção, titular e bom de mídia, e ainda dávamos mais 30 dias aos patrocinadores para explorar a imagem dele após a Copa. Creio que quase 80% da remuneração dele saiu dali (marketing) - conta.


O desafio, agora, é maior. Embora ainda mire a Copa de 2014, Robinho está longe da Seleção desde agosto de 2011, quando participou da derrota por 3 a 2 para a Alemanha, e não desponta entre os favoritos a uma vaga no ataque da equipe dirigida por Luiz Felipe Scolari. O atacante também não chega a estar encostado no Milan, da Itália - apesar de não ter recebido muitas oportunidades na última temporada. Além disso, a ideia do Santos é adquirir o jogador em definitivo. Em janeiro, o Peixe esbarrou nos valores pedidos pelo clube europeu (R$ 27 milhões) e pelo próprio atleta (R$ 1,1 milhão mensais, embora o ídolo tenha topado reduzir a pedida). O desejo agora é pagar mais barato aos italianos, pela proximidade do fim de seu contrato, e ao próprio atacante, em baixa.


O gerente de marketing destaca, ainda, que o atacante daria suporte ao crescimento dos novos Meninos da Vila, o que pode pesar favoravelmente à imagem da safra que começa a ganhar espaço na Vila Belmiro.


- É muito difícil imaginar o Robinho em outro time. Ele tem muita identificação conosco. Em 2010, foi o capitão, o líder de um time que conquistou dois títulos em seis meses e deu sustentação à garotada que estava subindo. Os meninos (geração de Neymar e Ganso) voaram muito também porque o Robinho ajudou nessa sustentação. A situação é até parecida com a de agora, em que temos o Gabriel, Victor Andrade, Emerson, Jubal, Gustavo Henrique, Léo Cittadini, Walace... Temos uma meninada boa para se trabalhar (a imagem), e o Robinho daria grande apoio - conclui.