domingo, 10 de novembro de 2013

Da geração de Marlone, Geuvânio é a aposta do Santos no Maracanã


Bruno Giufrida e Marcelo Braga - 10/11/2013 - 09:05 São Paulo (SP)


Geuvânio, atacante do Santos (Foto: Ricardo Saibun / Divulgação)


A aposta do Santos para 2014 nasceu em abril de 1992, tem 21 anos e estará em campo neste domingo, no Maracanã, às 19h30, em jogo com transmissão em tempo real pelo LANCE!Net. Do lado do Vasco, Marlone é o jogador pretendido pelo Peixe. Mas Geuvânio, prata da casa que será titular pela primeira vez, quer provar à direção que não será preciso fazer um grande investimento se a ideia é ter uma aposta no ataque santista.


Lateral-esquerdo de origem, o garoto foi adaptado à função de atacante no time sub-20. Com atuações de destaque, foi alçado ao profissional pelo técnico Adílson Batista – hoje no clube vascaíno – em 2011 e, após altos e baixos, recebe nova chance.


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Na derrota por 1 a 0 contra o líder Cruzeiro, na última rodada, entrou no segundo tempo e deu chute de perigo contra Fábio, na melhor chance do time no duelo. E logo em sua primeira partida pelo time principal em 2013. Adaptação clara à posição.


Na edição passada da Copa do Brasil da categoria, por exemplo, fez três gols na campanha que se encerrou nas quartas de final para o Peixe – mesma fase que o Vasco caiu, com só dois gols marcados por Marlone.


Neste ano, já estourado da idade, foi emprestado ao Penapolense para a disputa do Paulistão, conquistando o vice-campenato do Troféu do Interior ao perder a final para a Ponte Preta. Marcou dois gols no período.


– Aprendi bastante, foi uma passagem muito boa para mim – diz, com humildade em seu discurso.


Conhecido como “Caveirinha” dentro do elenco, por apelido recebido ainda nos tempos de Jabaquara – onde jogou entre 2009 e 2010 –, o atleta é mais uma pedra a ser lapidada por Claudinei Oliveira, que hoje tem Alison e Gustavo Henrique como titulares absolutos de sua equipe.


Nascido em Ilha das Flores, no Sergipe, mudou-se para São Paulo aos dois anos. Descoberto pelo clube alvinegro, passou a morar no alojamento da Vila Belmiro até se tornar profissional, em 2011.


No início do ano, quase se transferiu para o Acadêmica de Coimbra (POR), mas por iniciativa do presidente licenciado Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro, aceitou ficar e renovar o contrato até o fim de 2015.


Hoje, mesmo com salário de R$ 20 mil, mora nas instalações do CT Rei Pelé junto de outros colegas.


– Estou feliz no Santos – garante o jovem, que hoje formará o ataque ao lado do camisa 9 Willian José.


Bate-Bola com Geuvânio

Atacante do Santos, em entrevista coletiva


‘Vou mostrar serviço, pois quero meu espaço’


Você deu um belo chute de fora da área contra o Cruzeiro. Essa é a sua principal característica?

Não é uma das minhas melhores características, não, mas venho treinando muito as finalizações. Domingo não deu certo por pouco. Agora é dar sequência nos treinos.


O elenco tem muitas opções no ataque: Everton Costa, Gabriel, Neilton, Thiago Ribeiro, Victor Andrade, além de Giva, que está machucado. Acha que pode ter uma sequência até o final desse ano?

Deixei uma impressão boa no domingo. Venho treinando muito, nunca abaixei a cabeça, então estou pedindo para Deus e treinando forte. Eu vou mostrar serviço, quero meu espaço, vou começar a entrar mais nos jogos se Deus quiser.


Sobre nunca abaixar a cabeça...Você quase foi parar em Portugal no fim do ano. Por que ficou?

O presidente (Luis Álvaro Ribeiro) não deixou eu ir embora, disse que contava comigo, que sentia confiança no meu talento. Ele confiou em mim e me deu oportunidade. Renovou o meu contrato, me ajudou muito na época, e estou feliz aqui. Essa confiança das pessoas que me motiva a ficar no Santos.


Você começou como lateral?

Sim, na base tinha o Dimba e o Tiago Alves, então vi uma brecha na lateral. Fui lá e me dei bem, subi com o Adílson Batista em 2011 e aprendi a marcar, acho que tive uma passagem boa na ala. Penso que atuo bem na lateral esquerda.


E sobre o apelido “Caveirinha.” Por que você é chamado assim?

É que na época eu era muito forte no Jabaquara (risos). Aí meus companheiros me apelidaram assim. Eu fiquei bravo no início e aí que o apelido pegou mesmo (risos).