quarta-feira, 6 de março de 2013

Técnico vê Santos como 'segunda força' do tênis de mesa no Brasil


Guilherme Simões, técnico da seleção santista de tênis de mesa (Foto: Lincoln Chaves)Guilherme Simões vê Santos como segunda

potência da modalidade (Foto: Lincoln Chaves)


O Clube de Regatas Saldanha da Gama, na Ponta da Praia, em Santos, abriga um dos principais celeiros do tênis de mesa no Brasil. É onde treinam os rapazes e moças que integram a base da seleção santista da modalidade, representados por duas equipes que treinam juntas, todos os dias: o ADC Estrela/Santos (formada pelos mesatenistas que disputam torneios nas categorias adultas) e o Santa Cecília/Saldanha (composta por atletas mais jovens).


Dentre os nomes que treinam em Santos, estão a experiente Lígia Silva - com três Jogos Olímpicos no currículo (2000, 2004 e 2012) - e jovens de talento, como Humberto Manhani e Danilo Toma. Todos da seleção brasileira - da qual faz parte Gustavo Tsuboi, que há cinco anos defendeu o tênis de mesa santista). O que mostra a força do esporte na cidade.


- Santos sempre teve tradição no tênis de mesa. Temos uma estrutura que nos permite comportar os principais atletas da região e ter jogadores na seleção principal e de base. Diria que Santos, hoje, é a segunda principal força do esporte no Brasil - avalia Guilherme Simões, técnico da seleção santista da modalidade e das seleções brasileiras de base.


O otimismo de Guilherme tem sua razão de ser. Além do trio que está na seleção principal, Santos tem, na visão do treinador, mais três atletas em condições de disputar vaga nos Jogos Paralímpicos de 2016, no Rio de Janeiro: Lucas Maciel, Jennifer Parinos e Leonardo Macedo.



- Um deles (Lucas) já esteve na última Paralimpíada (Londres, em 2012) e acredito que, por aqui, não tenha adversário para ele na classe 11 (deficiência intelectual). Mas penso que podemos ter até três atletas neste próximo ciclo. Há também a Jeniffer (classe 10, para andantes) que se classificou para o Parapan e tem grandes chances de estar no Rio. E estamos na expectativa do Leonardo (classe 8, andantes). Ele treina há dois anos, mas está em uma crescente grande e já é um dos principais juvenis do Brasil - destaca.


Guilherme também acredita no futuro de Lígia, Humberto e Danilo na seleção principal. No caso de Lígia, o treinador destaca a forma física da manauara, de 32 anos. No tocante aos rapazes, o santista chama atenção para a experiência europeia de Humberto (que esteve nos últimos três anos na França, treinando) e a rodagem de Danilo em seleções de base.


- A Lígia já está com 32 anos, mas a forma física dela é muito boa. Acho que vai para as Olimpíadas, e se ela quiser, é capaz que (2016) não seja a última dela (risos). O Danilo sempre esteve na seleção. Agora está no adulto e ainda briga para se firmar, mas tem só 19 anos, tem muito tempo. Já o Humberto esteve fora nos últimos anos e retornou há cerca de um ano para treinar conosco. É outro nome forte para o Brasil - descreve.


No ano passado, as equipes de Santos ficaram longe das primeiras posições na classificação do Troféu Eficiência do Campeonato Brasileiro de Tênis de Mesa - realizado em dezembro, em Piracicaba (SP) - na qual as agremiações somam pontos de acordo com a colocação dos atletas nas categorias. O Santa Cecília/Saldanha, foi o 11º entre 39 clubes, enquanto o ADC Estrela/Santos ficou na 12º posição. Juntos, porém, os santistas somariam pontos suficientes para ocupar o quarto lugar da tabela geral, atrás de São Caetano do Sul (campeão e a quem Guilherme considera a principal potência da modalidade no País), Jundiaí e Guarulhos.


Ligia Silva na partida de tênis de mesa em Londres (Foto: EFE)Atleta olímpica, Lígia Silva é um dos destaques da seleção santista de tênis de mesa (Foto: EFE)