Fabian conhece a Vila e o misterioso armário de Pelé nos vestiários (Foto: Arquivo Pessoal)
A Costa Rica só chega a Santos na segunda-feira à noite, mas, desde o último dia 26, quatro dos mais de 100 jornalistas costarriquenhos esperados no Brasil para a Copa do Mundo já estão no litoral paulista. O repórter Fabian Zumbado, o produtor Eddy Vargas, o operador técnico Herberth Segura e o cinegrafista Miguel Benavides, da emissora Repretel, aproveitam os dias que antecedem o Mundial para apresentar aos conterrâneos a cidade que vai receber a seleção local.
Nos últimos 10 dias, o quarteto rodou Santos em busca de histórias. O maior jardim de orla de praia do mundo (segundo o Guinness Book of Records), as ruas enfeitadas, museus, comidas... E, claro, o futebol. A Vila Belmiro foi parada obrigatória, não só porque é lá que a seleção vai treinar durante o Mundial. O Memorial das Conquistas e o gramado onde brilharam o Rei Pelé e, mais recentemente, Robinho e Neymar, não poderiam passar despercebidos.
- Foi impressionante. Quando eu entrei no estádio, recordei de muitos dos jogos (do Santos) na Libertadores que assisti pela televisão. Aí você lembra de Pelé, Neymar, Robinho, Diego... De jogadores incríveis que só pude ver de longe. Saber que está tão perto de onde eles começaram é impressionante – conta Fabian, que a partir de segunda começa a acompanhar o dia a dia dos rivais da Costa Rica no Mundial.
Equipe de TV apresenta a Baixada Santista para os costarriquenhos (Foto: Lincoln Chaves)
- Pessoalmente, foi muito importante conhecer onde esses jogadores, tão emblemáticos para o futebol mundial, puderam atuar. Ainda mais por ser a casa de Pelé, o Rei. Deu para tirar muitas fotos. As pessoas ficaram emocionadas de ver. Algumas até com inveja (risos) – brinca Eddy.
A Vila Belmiro não foi o único atrativo santista que encantou os costarriquenhos. Tanto Fabian como Eddy não poupam elogios à população da cidade.
- Santos parece ser uma cidade impressionante, principalmente pelas pessoas. São amáveis, gente boa. São o melhor de Santos, sem dúvida – diz o repórter, que tem abastecido sua página no Facebook (com mais de 21 mil seguidores) com imagens dos passeios pela Baixada Santista.
- É um lugar muito bonito, com muitos pontos históricos. Sobre sua gente, não temos nem o que falar. É um povo especial, que tem nos ajudado muito – comenta o produtor.
Destaque do Espanhol empolga costarriquenhos
A Costa Rica acabou caindo no chamado “grupo da morte”, com os campeões mundiais Itália, Uruguai e Inglaterra. Uma chave difícil, sem dúvida, e os próprios costarriquenhos reconhecem isso. O que não os deixa menos otimistas. Fabian Zumbado, por exemplo, crê que a ausência de pressão pode ajudar os Ticos diante dos rivais e confia em uma zebra tricolor no Brasil.
Navas, do Levante, é a segurança da Costa Rica na Copa do Mundo (Foto: Getty Images)
- Eles (rivais) é que têm pressão de nos derrotar. Se eles não passarem de fase, acaba sendo um fracasso. Acredito que a Costa Rica pode aproveitar isso e ser a surpresa. E tem outra coisa: eles conhecem pouco da nossa seleção. A equipe tem muita gana e força. Vocês (brasileiros) verão – afirma, destacando quatro jogadores em especial: o goleiro Keylor Navas (Levante, da Espanha), o lateral Cristian Gamboa (Rosenborg, da Noruega), o meia Bryan Ruiz (Fulham, da Inglaterra) e o atacante Joel Campbell (Olympiacos, da Grécia).
Eddy Vargas adota discurso semelhante e aposta, principalmente, no talento de Navas, goleiro com melhor índice de defesas no último Campeonato Espanhol, onde encarou adversários como Cristiano Ronaldo (Real Madrid), Lionel Messi e Neymar (ambos do Barcelona).
- Não podemos perder a fé! Está difícil, mas esperamos ao menos fazer um bom papel. O Keylor nos dá muita confiança. É um super goleiro e uma peça fundamental, sem dúvida – diz.