terça-feira, 22 de julho de 2014

BLOG: Com quatro centroavantes, Gallo privilegia força física na convocação da sub-20

veja todos os posts Terça-feira, 22/07/2014 às 22:11 por Pedro Venancio

Confirmado como técnico da Seleção que disputará os Jogos Olímpicos em 2016, Alexandre Gallo, além de trazer Gabriel de volta ao time (um ponto positivo), privilegiou a convocação de jogadores mais fortes fisicamente, em detrimento de nomes mais ágeis, baixos e, em alguns casos, mais técnicos também.


A constatação é clara: são quatro camisas 9 convocados (Thalles, Gabriel, Mosquito e Yuri Mamute), além de Kenedy, que pode atuar eventualmente na função. Dos citados acima, bons jogadores, não se pode esperar velocidade no um contra um com os zagueiros, ou agilidade para contragolpes. E não faltam opções que representem esse estilo na geração.


Nomes como Ewandro, do São Paulo, e Marcos Guilherme, do Atlético-PR, poderiam estar na lista, assim como Otávio, do Internacional. A lista contrasta com a da Panda Cup, convocada em maio, que contava com Ewandro e Otávio, além de jogadores mais ágeis, como Everton, do Grêmio, e Carlos, do Atlético-MG.


Para a meia, foram convocados Nathan, com problemas para renovar com o Atlético-PR, e Gerson, que teve problemas disciplinares recentemente com o Fluminense. O talento dos dois é inegável, mas pode não ser suficiente para o sucesso profissional, a outra opção para o setor é Boschilia, que tem característica diferente e atuou melhor pelos lados do campo quando esteve na Seleção.


A diferença no perfil dos jogadores convocados indica que Gallo ainda esteja testando e observando jogadores para o Sul-Americano Sub-15, que será realizado no Uruguai. Mas se decidir como no Mundial Sub-17, quando convocou uma das seleções mais altas do torneio, a convocação será mais próxima da lista atual.


Com times mais fortes, a possibilidade de bons resultados é maior, pois força é um atributo que faz mais diferença na base do que no profissional. O perfil do jogador convocado, no entanto, vai na contramão do que se vê na Alemanha, atual campeã do mundo, repleta de jogadores não tão fortes, mas ágeis, como Thomas Müller e Mario Götze. E da Espanha, com Deulofeu, Isco e outros.


Contudo, não há como dizer que a força é desprezível no futebol, e há na história times vencedores com essa filosofia, de jogo pegado, intenso, sem primar pela qualidade técnica. Mesmo nos times mais técnicos, houve sempre alguém com mais imposição física. Resta saber se haverá uma busca pelo equilíbrio nas próximas convocações, e fundamentalmente, qual o caminho e as diretrizes a serem estabelecidos na escolha do perfil do jogador convocado para seleções.


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Maranhense, 28 anos, jornalista




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Pedro Venancio, 28 anos, jornalista, está no Globoesporte.com desde 2014. Cobre futebol de base desde 2008, quando começou no Olheiros.net. Também passou pelas redações de O Imparcial, Trivela e Correio Braziliense.




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