Bruno Uvini destaca papel tático de atacantes na marcação na Copa (Foto: Ivan Storti / Santos FC)
O zagueiro Bruno Uvini , do Santos, acredita que um dos "legados" deixados pela Copa do Mundo às equipes brasileiras é o papel defensivo dos atacantes. O camisa 44, que atuou os últimos dois anos na Itália, destacou seleções como as surpresas Costa Rica (que chegou às quartas de final) e Argélia (que vendeu caro a eliminação para a Alemanha nas oitavas), cujos homens de frente tinham a missão, além de fazer gols, de serem os primeiros marcadores de suas equipes.
- A Copa costuma ser o maior exemplo para nos atualizarmos. O futebol está muito tático, determinado, mas não é algo defensivo e feio. É a contribuição de todos os jogadores, onde os atacantes marcam. Antigamente não tinha isso. É uma função nova. Eles (atacantes) vão até o meio, ajudam a marcar os laterais... E isso facilita para a defesa, a bola chega mascada - descreveu o zagueiro, de 22 anos.
Na Costa Rica, por exemplo, o primeiro combate era dado por Joel Campbell, com os pontas Bryan Ruiz e Cristian Bolaños cercando os laterais. Na Bélgica, eram Kevin Mirallas e Divock Origi (que se tornou titular no fim da Copa) que adiantavam a marcação. Argélia, Colômbia, Estados Unidos e Irã (especificamente no jogo contra a Argentina, na primeira fase) também foram seleções que adotaram estratégias semelhantes.
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O próprio Santos, em parte do primeiro semestre, teve como tática adiantar a marcação, com Thiago Ribeiro, Geuvânio e Leandro Damião pressionando já no campo adversário e dando combate nas pontas, ajudando o trabalho dos laterais Cicinho e Eugenio Mena. A goleada por 5 a 1 sobre o Corinthians foi quando a estratégia deu mais certo, inspirada por vídeos com atuações do Bayern de Munique, da Alemanha.
- Isso (marcação já no ataque) também é doação. Sabemos que, para os atacantes, defender acaba sendo um esforço extra. Se for feito, é um ganho a mais para a equipe - analisou.