quarta-feira, 30 de abril de 2014

Apesar da venda de Neymar, Santos fecha 2013 com prejuízo de R$ 40 mi


Neymar jogo Atlético de Madrid e Barcelona Liga (Foto: AFP)Venda de Neymar não evitou o crescimento da dívida do Santos: clube deve mais de R$ 190 mi (Foto: AFP)


O Santos divulgou, nesta quarta-feira, o balanço financeiro relativo a 2013. E a notícia não é muito animadora. Apesar de ter realizado a maior venda da sua história (Neymar), o clube registrou um déficit de R$ 40,6 milhões. A dívida total do clube é de R$ 190,4 milhões. A demonstração financeira foi auditada e publicada no site do Peixe.


Embora tenha fechado o ano no vermelho mais uma vez, o Alvinegro Praiano faturou R$ 190,2 milhões em 2013. A maior parte das receitas do clube é resultado da venda de jogadores: com as transferências de nomes como o atacante Neymar, o meia Felipe Anderson, o volante Renê Júnior e o goleiro Rafael, o Santos recebeu R$ 62,4 milhões. A segunda maior fonte de receita foi referente a publicidade (R$ 54,8 milhões). A terceira, transmissões televisivas (R$ 43,5 milhões).


O volume do dinheiro que saiu da Vila Belmiro, porém, foi bem maior. Só com a amortização de gastos com atletas, o clube gastou R$ 71,3 milhões. Com pessoal e encargos sociais, outros R$ 63,4 milhões. O total de despesas, que inclui, entre outras coisas, direitos de imagem e bonificações, foi de R$ 230 milhões.


Dívida cresce quase 80 milhões


O ano que perdeu Neymar, negociado com o Barcelona por € 17,1 milhões (a maior venda da história alvinegra), foi também o que fez a dívida total do clube crescer quase R$ 80 milhões.


De acordo com o balanço divulgado nesta quarta-feira, o Peixe tinha, em 31 de dezembro de 2012, uma dívida de R$ 111,8 milhões. Ao fim de 2013, essa dívida disparou para R$ 190,4 milhões.


Os problemas financeiros do Alvinegro Praiano já haviam sido expostos em março, quando o Conselho Deliberativo do clube aprovou a antecipação de cotas de TV referentes a 2015. Para convencer os conselheiros a aprovarem o pedido, o presidente em exercício do Alvinegro Praiano, Odílio Rodrigues, citou os fatores que interferiram negativamente no fluxo de caixa do clube. Entre os motivos, estão a ausência de patrocínio master, as dívidas de gestões anteriores e até os custos com rescisão de contrato de funcionários demitidos do setor administrativo.