terça-feira, 29 de abril de 2014

Peixe estuda envolver promessas em negociações para contratar reforços


André Zanotta Santos (Foto: Flávio Meireles)André Zanotta admite que o Santos tem limitações financeiras para contratar (Foto: Flávio Meireles)


A necessidade de reforçar o elenco para a Copa do Brasil e o Campeonato Brasileiro podem levar o Santos a envolver algumas de suas promessas em negociações para contratar jogadores. Sem dinheiro em caixa, o Peixe também não descarta recorrer novamente a parceiros e fundos de investimentos, como fez nas aquisições do meia Lucas Lima e do atacante Leandro Damião.


A zaga e o meio-campo são os setores considerados prioritários pela diretoria. Os nomes mais comentados são os dos zagueiros Dória (Botafogo), Manoel (Atlético-PR) e Fernando Tobio (Vélez Sarsfield, da Argentina), do volante Renato (Botafogo) e do meia Diego (Atlético de Madrid, da Espanha).



Com o clube em delicada situação financeira, a diretoria pediu a antecipação de cotas de TV referentes a 2015. Para convencer o Conselho Deliberativo a aprovar o pedido, o presidente em exercício Odílio Rodrigues citou a ausência de patrocínio master, as dívidas de gestões anteriores e até os custos com rescisão de contrato de funcionários demitidos do setor administrativo como fatores que interferiram no fluxo de caixa do clube.


Por isso, envolver revelações das categorias de base nas negociações por reforços pode ser uma alternativa.


- Vai depender de cada um dos negócios. Clubes nos procuraram interessados em alguns meninos, mas entendemos que não era bom ou não valia a pena. Mas pode ser que, sendo emprestado, pode haver uma evolução na carreira do garoto, para que depois ele retorne para o Santos com uma maturidade e mais tempo de jogo.


O último garoto emprestado pelo Peixe foi o meia Léo Cittadini, que disputa a Série B pela Ponte Preta, curiosamente o time com quem o Alvinegro Praiano acertou a contratação, também por empréstimo, do atacante Rildo.


- A gente entendia que disputar a Série B por um time como a Ponte Preta seria muito interessante para a evolução da carreira dele (Léo Cittadini), para ele amadurecer e depois voltar para o Santos já com mais experiência e mais rodagem.


Outra possibilidade é usar parceiros e investidores. Nesse caso, as negociações devem obedecer determinados fatores. O dirigente explica:


- Podemos usar parceiros e investidores, mas eles têm critérios para investir em jogadores, como idade e potencial de revenda. No caso de jogadores mais velhos, com uma idade acima de 24, 25 anos, muito provavelmente o clube vai ter que arcar sozinho ou, se tiver a possibilidade, acertar um empréstimo sem custo, custo baixo ou uma aquisição mesmo. O Santos tem suas limitações financeiras, como todos os clubes do futebol brasileiro. Mas depende muito da negociação e da forma de pagamento para saber se é viável ou não a contratação.