domingo, 29 de dezembro de 2013

Duprat rebate oposição santista, nega dívidas e ressalta investimento no CT


Criticado por membros da oposição do Santos devido à parceria do clube com o fundo de investimentos Doyen Sports, do qual é representante no Brasil, o empresário Renato Duprat se pronunciou. Em contato com o GloboEsporte.com, por meio de sua assessoria de imprensa, ele rebateu os oposicionistas e garantiu não ter deixado dívidas no Alvinegro – de quem a Unicór (empresa da qual Duprat foi dono) foi patrocinadora por cinco anos, na década de 90.


O empresário tinha sido acusado, pelo relatório da CPI do Futebol, de deixar R$ 1,2 milhão em dívidas quando saiu do Santos, em 1999 – o que já havia sido negado pelo agente na ocasião.


Duprat destacou, também, que a Unicór ajudou a viabilizar a construção do CT Rei Pelé – de acordo com ele, a empresa foi uma das principais investidoras da obra, inaugurada em janeiro de 1997, na gestão do ex-presidente santista Samir Abdul-Hak. O empresário recordou, ainda, que a parceira ajudou na contratação de reforços e patrocinou o time vice-campeão nacional, em 1995.


Santos de 1995 (Foto: Acervo Santista / Divulgação)Empresa de Duprat, Unicór patrocinou o Santos por cinco anos, na década de 90 (Foto: Acervo Santista / Divulgação)


Sobre a investigação do Ministério Público em razão da parceria entre Corinthians e MSI, que terminou em 2007 (Duprat foi denunciado por ter apresentado Kia Joorabchian ao Alvinegro da Capital), o empresário lembrou que a ação penal em que era citado foi extinta há três anos. A decisão, na ocasião, foi tomada por unanimidade pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região.


A parceria


Leandro Damião centroavante Inter (Foto: Tomás Hammes / GLOBOESPORTE.COM)Leandro Damião foi contratado pelo Santos com apoio do Doyen Sports (Foto: Tomás Hammes)


Parceira do Santos desde 2011, quando adquiriu 50% dos direitos econômicos do meia Felipe Anderson, o Doyen comprou o centroavante Leandro Damião do Internacional por R$ 41 milhões e o repassou ao clube. O grupo participa, ainda, das negociações pelo meia Lucas Lima (também do Inter) e do atacante Rildo (Ponte Preta). A origem do fundo, porém, é considerada "obscura" pelos oposicionistas do Peixe.


Segundo reportagem do site Impedimento, o Doyen Sports é sediado em Malta e tem como diretor Claudio Tonolla, sócio de três empresas com sede no Panamá. Conforme a reportagem, o tesoureiro das empresas é Andrew Cefai, diretor da Credence – uma companhia com atuação na montagem e administração de empresas de jogos online que fica no mesmo endereço do fundo e da Win Bets Ltd, empresa que tem registrado o domínio de um buscador de casas de apostas.


O Doyen atua também na administração de carreira de vários jogadores, dentre eles Neymar, com quem tem acordo de direitos de imagem - veja no site da empresa.