Doriva tem uma receita para bater o Santos e conquistar o Campeonato Paulista. A princípio, a afirmação soa arrogante, mas o técnico tem propriedade para falar do assunto. Na primeira fase do torneio, o Ituano derrotou o São Paulo, deu trabalho para o Peixe e o Palmeiras nas derrotas por 1 a 0 e, no último domingo, reencontrou o alviverde e venceu.
Para o técnico do Galo, o segredo é suportar o jogo veloz do ataque santista até por volta dos 20 minutos do segundo tempo. A partir daí, o técnico acredita que o time terá boas chances de marcar gols, como ocorreu na semifinal contra o Palmeiras, quando o gol da vitória veio a poucos minutos do final da partida.
Doriva, técnico do Ituano, no treino desta quarta-feira (Foto: Pedro Craveiro)
– O time grande começa com muito ímpeto, agressividade. Se a gente conseguir segurar até mais ou menos a metade do segundo tempo, atacando de vez em quando, mostrando que somos perigosos, eles se sentem pressionados, pela torcida e pelo favoritismo, e vêm com tudo. Aí aparecem as brechas e, se a gente estiver esperto e bem posicionado, pode aproveitar – avalia Doriva.
O técnico afirma ter estudado o jogo do adversário na semifinal, quando o Penapolense quase conseguiu eliminar o Santos. Ele diz que vai aproveitar algumas ideias usadas por Narciso naquela partida.
– O Penapolense se armou muito bem e fez uma coisa fundamental, na qual eu também acredito: usou todos os jogadores na marcação. Se quisermos vencer terá que ser assim, o centroavante vai ter que dar o primeiro combate. Isso é o futebol moderno: veja o Bayern de Munique. Lá, o Ribéry, um dos melhores atacantes do mundo, volta lá atrás, até o final, para marcar. Se ele faz isso, por que o meu atacante não pode fazer? – compara Doriva.