quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Presidente do Coxa vê desnível nos salários: "O futebol se confundiu"


Os clubes da Série A do Campeonato Brasileiro criaram um grupo, em 2013, para debater com a CBF a questão do "fair play financeiro", que visava a redução no valor dos salários pagos no país com medidas que exigissem um planejamento mais rígido para manter os pagamentos em dia. O projeto cresceu e tomou forma virando o projeto da Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte. Representado pelos presidentes Vilson Ribeiro de Andrade, do Coritiba; Eduardo Bandeira de Mello, do Flamengo; Giovanni Luigi, do Internacional ; e Alexi Portella, do Vitória, os dirigentes agora defendem a aprovação da lei, cujo relator é o deputado Otávio Leite (PSDB-RJ). O mandatário do Coxa, inclusive, afirmou não ser contra um alto salário, mas desde que esteja de acordo com a produção do atleta.


- Eu não sou contra uma pessoa ganhar bem. Fui executivo de uma multinacional e sempre briguei para a pessoa ter uma boa remuneração. Mas eu sempre fui vinculado ao meu bônus pelos meus objetivos que eu atingia. O futebol tem que viver a sua realidade. O talentoso vai ganhar mais. É evidente que o talentoso vai ganhar mais. Ele traz publico, traz receita, vai ganhar mais. O que não podemos, como está acontecendo, é equiparar jogadores que não são tão talentosos assim, em um nível muito próximo do talentoso. Hoje o futebol se confundiu - disse.


Vilson Ribeiro vê nivelamento errado no futebol brasileiro no pagamento dos salários (Foto: Marcelo Braga)Vilson Ribeiro vê nivelamento errado no futebol brasileiro no pagamento dos salários (Foto: Marcelo Braga)


O dirigente também explicou que no modelo atual, os clubes contratam com pressão da torcida, que Vilson chamou de "desastrosa ao dirigente".


- O clube faz essa equiparação porque a pressão da arquibancada é desastrosa ao dirigente, que precisa ter instrumento. O Coritiba, por exemplo, é o ultimo colocado do Campeonato Brasileiro, e eu estou sofrendo uma pressão enorme da torcida, e com razão, que quer que eu contrate jogador para sair dessa situação. Mas o problema é, contratar como se o clube não tem condições financeiras para contratar? Então o clube tem que buscar oportunidades dentro das suas possibilidades - afirmou.