Ainda está fresco na memória do goleiro Aranha , do Santos, os gritos que ouviu de parte da torcida do Grêmio em sua última visita ao estádio do time gaúcho, rival na próxima rodada do Brasileiro. As injúrias raciais geraram enorme repercussão e fizeram a equipe tricolor ser excluída da Copa do Brasil – decisão que ainda pode ser revista pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva).
Mas o arqueiro alvinegro diz que em seu retorno à Arena do Grêmio irá agir com naturalidade.
- Sinceramente, vou jogar lá como sempre joguei, com muito respeito, me dedicando ao máximo, fazendo o que for necessário para vencer a partida – disse ele após a o triunfo sobre o Coritiba, neste sábado, na Vila Belmiro (o goleiro também falou sobre o equilíbrio no campeonato, veja o vídeo acima).
Aranha afirmou que não se preocupa com as possíveis reações da arquibancada gremista no duelo de quinta-feira, às 20h30 (de Brasília), e que manterá o foco dentro das quatro linhas.
- O que vai acontecer do lado de fora para mim não interessa. Como profissional, preciso tirar o extracampo e me concentrar no gramado.
O episódio gerou diversas consequências além da eliminação gremista do torneio. Identificada através de imagens de televisão por ter chamado o goleiro de “macaco”, a torcedora Patrícia Moreira teve a casa incendiada na última semana – o suspeito do ato foi detido.
- Muita gente está me colocando como inimigo dela. Estão supervalorizando a situação. Fiz meu papel de cidadão (de denunciar). A justiça vai fazer o papel dela – concluiu Aranha.
* Bruno Giufrida colaborou sob supervisão de Leandro Canônico.