terça-feira, 30 de setembro de 2014

"Desigualdade" é a razão para a CBF não usar a tecnologia da linha do gol


O árbitro adicional de linha de fundo não viu que a bola chutada por Esquerdinha contra a meta de Aranha ultrapassou a linha do gol, na derrota do Goiás por 2 a 0 para o Santos, no fim de semana. Mas a tecnologia deixada pela Fifa no Brasil após a Copa do Mundo poderia facilmente validar o gol do jogador esmeraldino.


Com equipamento instalado apenas nas 12 Arenas que foram utlizadas durante o Mundial, a CBF optou por não usar o sistema tecnológico durante a disputa do Campeonato Brasileiro. Para não haver desigualdade.


- Essa é uma questão administrativa. Temos 12 arenas com as câmeras, neste legado deixado pela Fifa. Só em São Paulo temos quatro estádios, mas só um tem esse sistema, a Arena Corinthians (...) O pensamento da Comissão da Arbitragem é que tem que ter uma igualdade, não é justo um estádio ter esse equipamento e outro não - destacou o vice-presidente da Comissão, Nilson de Souza Monção, no .


Segundo reportagem da "Folha de S.Paulo", a CBF teria de desembolçar R$ 638 mil para instalar o equipamento nos demais estádios que são usados na Série A - cerca de 30. Além disso, há um gasto de R$ 10 mil por jogo, mas a Fifa havia prometido que arcaria com esse custo pelo período de um ano após a Copa - o que não foi preciso.


- O uso da tecnologia é muito bem-vindo, pelos árbitros e pela Comissão. Mas no nosso campeonatot tivemos 250 partidas da Série A e só uma com fato de bola que entrou ou não. Isso aconteceu só uma vez - minimizou Monção.


Esquerdinha - meia Goiás (Foto: Reprodução / PFC)Esquerdinha fez um gol pelo Goiás, mas a arbitragem não viu (Foto: Reprodução / PFC)