O dia 10 de dezembro de 1995 é histórico para o Santos. A vitória por 5 a 2 contra o Fluminense, no Pacaembu, na segunda partida das semifinais do Campeonato Brasileiro, não deu um título para o Peixe, que havia perdido o jogo de ida por 4 a 1, no Maracanã, mas ficou marcada na memória dos santistas.
Naquele dia, quem também garantiu um lugar especial na memória dos torcedores do Alvinegro foi o meia Giovanni, que marcou dois gols - Macedo, Camanducaia e Marcelo Passos fizeram os outros três - e teve atuação histórica. O herói daquela virada acredita que no domingo, a partir das 16h, novamente no Pacaembu, o Santos estará inspirado para superar o Ituano por dois gols de diferença e conquistar o título do Campeonato Paulista.
- Não tem segredo. Tem de achar um esquema tático forte para que você se defenda bem e não leve gol, porque se levar fica complicado. Mas acho que, se o Santos jogar como tem jogado, não terá dificuldades, porque ganhou dos outros assim. É preciso fazer dois gols em um jogo inteiro. Então a tarefa não é tão difícil - diz o ídolo santista.
O que também faz Giovanni acreditar na virada do Santos diante do Ituano são as memórias que traz do confronto contra o Fluminense. Apesar de quase 19 anos passados, ele recorda a desconfiança da torcida, que em sua maioria não acreditava na virada. Desta vez a missão do Peixe é mais fácil: se vencer por um gol de diferença, a decisão irá para os pênaltis; se empatar, perde o troféu.
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- Aquele foi um jogo épico, que marcou uma geração, entrou para a história. Lembro que estávamos confiantes, mas muita gente não acreditava, embora muitos santistas acreditassem. Fizemos uma partida brilhante e conseguimos nosso objetivo, que era vencer por três gols de diferença - falou.
A experiência também trouxe sabedoria a Giovanni. Apesar de mostrar confiança na virada santista, ele pede cuidado aos comandados por Oswaldo de Oliveira e destaca a importância que a torcida terá nas arquibancadas do Pacaembu - os ingressos para a decisão já estão esgotados.
- Se o time estiver bem, fizer gols, a torcida ajuda. Mas se o tempo passar e o Santos não fizer um gol, vai complicar, pois ajuda quem está do outro lado. Se levar um gol, o outro time ganha moral. Por isso, a torcida precisa apoiar - afirmou.
Se o Peixe virar o jogo no Pacaembu, este será o 21ª título estadual da sua história. Giovanni fez parte do elenco que conquistou a competição em 2010. Ele, inclusive, vestiu a camisa 10 na decisão, mas não entrou em campo, já que o Alvinegro ficou com três jogadores a menos e precisava segurar a mínima vantagem contra o Santo André.
* Com supervisão de Alexandre Lopes
Giovanni foi o maior ídolo do Santos nos anos 90 (Foto: divulgação/Santos FC)