Aos 22 anos, Neymar hoje é ídolo no Barcelona e capitão da seleção brasileira. Aos 13, uma promessa que já tinha o reconhecimento de um dos maiores ídolos da história do Santos: Lima, que fez quase 700 jogos com a camisa santista nos anos 60 e 70, vencendo muitos títulos, entre eles o bicampeonato mundial de 1963 1964.
Treinador da categoria sub-15 na ocasião, foi Lima quem pediu para Zito, outro ex-jogador histórico do Peixe, para liberar o garoto para treinar com os meninos maiores.
- Neymar foi diferente porque estava treinando no sub-15 com 13 anos. O Zito nessa época era o diretor do departamento amador. Fui comunicar para ele que gostaria que o Neymar treinasse comigo porque tinha visto um jogo deles no salão e outro no campo, e achava perda de tempo deixar o menino em desenvolvimento ali. Disse que ele poderia treinar com os de 13 anos. Zito achou ruim no início, mas permitiu. E ele foi embora, com 14 anos já estava brigando por posição no sub-15 - destacou o ex-jogador, no
Na avaliação de um dos primeiros técnicos do atacante, ele manteve seu estilo agressivo e veloz ao longo dos anos. Alçado ao profissional aos 17 anos, ele deixou o Santos em 2013.
- É um menino que não mudou, continua assim do mesmo jeito. Tenho visto os jogos dele, o último que vi foi contra o Real Madrid. Ele conversa muito, tem interesse em saber como está, o que está faltando. Se tem dificuldade em alguma coisa, expõe a visão dele. Fica fácil trabalhar com ele - apontou Lima, que ainda dá palestras a atletas da base do Santos.
Sobre o jogo desta quarta-feira, às 22h, o primeiro da semifinal da Copa do Brasil, no Mineirão, entre Cruzeiro e Santos, o ex-jogador acredita que há um equilíbrio de forças.
- O Cruzeiro é difícil, principalmente no Mineirão. O time não vem bem, vinha jogando muito, um lindo futebol, mas tiveram problemas de contusões e isso fez com que passassem por esse turbilhão que passaram. Mas acredito que neste jogo eles serão obrigados a partir para cima e jogar a responsabilidade para o Santos na próxima semana. Vai ser um jogo igual.
Lima, ex-atleta do Santos, trabalhou com Neymar na infância do jogador (Foto: Juscelino Filho)