segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Pacotão da rodada#29 tem golaço de Diego Souza e mico corintiano


Se tem uma característica que diferencia o jogador brasileiro, é a sua capacidade de improvisação para se livrar da marcação. Foi o que mostraram o meia Diego Souza , ao dar um chapéu de cabeça em Dankler para marcar o gol do Sport contra o Botafogo, e também o lateral-esquerdo Giovanni, do Criciúma, com dois dribles seguidos para evitar a marcação do volante Jean, do Fluminense, antes de fazer um cruzamento para a área.


É a técnica desses jogadores que faz do futebol o esporte mais popular do planeta, apesar das decisões polêmicas da arbitragem, como a anulação de um gol legítimo por impedimento mal marcado, como ocorreu com o Coritiba neste final de semana, ou a não punição de um lance tão controverso quanto o pé alto de Sueliton, do Atlético-PR, em disputa com Anderson Pico, do Flamengo, no primeiro minuto de jogo em Curitiba.


Outros lances mereceram destaque na rodada 29, como a defesaça do goleiro Victor , do Atlético-MG, que parou cabeçada do atacante Bruno Rangel, da Chapecoense. Impossível saber quanto essa intervenção pesou no lance seguinte, mas o fato é que Camilo ficou completamente livre à frente do goleirão, com a bola dominada, e ao encobri-lo chutou também por cima do travessão.


Estatísticas da rodada #29 3 (Foto: GloboEsporte.com)


Header pacotão GOLAÇO (Foto: Editoria de Arte)


Lembra do Kerlon Foquinha, aquele jovem do Cruzeiro que passava pelos adversários controlando a bola com a cabeça? Ele recebeu uma "homenagem" de Diego Souza, do Sport. O goleiro Jefferson bateu tiro de meta, e o zagueiro Henrique Mattos, do Sport, respondeu. O meia Diego Souza se posicionou de forma a evitar um impedimento e se aproveitou da situação com muita criatividade: do círculo central, disparou em direção ao gol. Quando a bola quicou, ele a tocou de cabeça com a força exata para se livrar do zagueiro Dankler, dando-lhe um chapéu. Ainda dominou com a coxa direita e finalizou com o pé esquerdo. Muita agilidade de raciocínio premiada com o gol.


Header pacotão SARRAFO (Foto: Editoria de Arte)


Para o Flamengo, jogar no Paraná é sempre duro. Mas passado apenas um minuto de jogo, ficou claro que, contra o Atlético-PR, seria bem mais. A bola quicou, e Sueliton foi com vontade demais para decidir a primeira dividida da partida. Praticamente deu uma voadora na altura do pescoço de Anderson Pico, que conseguiu sair da frente antes de levar uma solada no peito. As travas da chuteira de Sueliton ainda acertaram o braço do adversário, mas o juiz preferiu deixar o jogo seguir. Uma decisão pra lá de contestável. Acabou paralisando a partida depois e a reiniciando com bola ao chão.


Header pacotão ERRO (Foto: Editoria de Arte)


Um ataque com dois lances difíceis. O Coritiba jogando fora de casa e empatando em 0 a 0 com o Figueirense. Um chutão da defesa, Robinho e Alex trocam passes rápidos, a defesa faz um corte, e a bola sobra para Zé Eduardo enquanto Alex se movimenta do meio para a esquerda. Ao perceber, Zé Eduardo domina e toca. No momento do passe, Nirley dava condições de jogo, mas o assistente Michael Correia anulou o lance, incorretamente. O Coritiba foi goleado por 4 a 0, mas com esse gol de Robinho, anulado, a história do jogo poderia ter sido diferente.


HEader Pacotão defesa (Foto: Editoria de Arte)


Com o Atlético-MG vencendo por 1 a 0, a Chapecoense pressionava em busca do empate, mas estava difícil entrar na defesa do Galo. E, quando a Chapecoense conseguiu, encontrou uma parede pela frente. Camilo cobrou uma falta levantada da intermediária esquerda, e Bruno Rangel se posicionou muito bem para cabecear a bola para baixo. A finalização saiu forte, mas não o suficiente para vencer o goleiro Victor, que deu mais uma mostra de sua incrível agilidade ao dar um tapa para a frente. Repare que, depois de a defesa dar uma estourada para cima, o goleiro rapidamente se levanta e vai dividir com os adversários. Por fim, ainda que pressionado, a bola volta para suas mãos. Ela procura quem conhece...


Header pacotão GOL MAIS PERDIDO (Foto: Editoria de Arte)


Victor já havia feito a defesaça dois minutos antes, e a defesa do Atlético-MG voltou a errar: Marcos Rocha tentou recuar para Edcarlos, mas pegou mal na bola, e Camilo percebeu. Disparou da intermediária e conseguiu chegar antes dos dois defensores e do goleiro Victor, que percebeu que não chegaria na bola e parou para tentar fechar o ângulo. Camilo percebeu, dominou e o encobriu. O problema é que, com o gol escancarado, tocou forte demais na bola, que passou também sobre o travessão. O Atlético-MG venceu por 1 a 0 e esse gol fez muita falta à Chapecoense.


Header pacotão DRIBLE (Foto: Editoria de Arte)


Com a marcação cerrada do futebol atual, ter habilidade para driblar em pequenos espaços é um diferencial invejável. E nesse fundamento, Giovanni, do Criciúma foi bem demais contra o Fluminense. Ao receber na esquerda, percebeu a chegada de Jean e manteve a calma. Deu um toque à frente e quando o adversário deu um bote, fez com a perna esquerda um corte para dentro. Jean passou e freou, foi para cima de novo, e Giovanni fez o breque. Incrível que Jean não tenha caído ao fazer o giro para tentar se manter no lance. Não caiu, mas também não conseguiu evitar o cruzamento. Muita habilidade de Giovanni.


Header pacotão MICO (Foto: Editoria de Arte)


Sem conseguir furar o bloqueio da defesa corintiana, o meia Alex, do Internacional, levantou a bola para tentar por cima. Wellington Paulista desviou para, quem sabe, conseguir surpreender a marcação. Por vias tortas, deu certo. O zagueiro Gil , que mostrou ótimo posicionamento no final do segundo tempo ao fazer o segundo gol do Corinthians, bobeou feio ao se preocupar com a movimentação de Nilmar e esquecer a bola, que acabou batendo no seu cocuruto e enganando o goleiro Cássio, com quem o zagueiro trombou. Ficou estatelado no gramado, enquanto Nilmar comemorava seu primeiro gol após o retorno ao Colorado. Ficou feio.


Header pacotão Ator (Foto: Editoria de Arte)


Nesta rodada, dava para filmar uma minissérie sobre tentativas de ludibriar a arbitragem com a quantidade de candidatos a "ator" que tentaram cavar pênalti. Mas Willians , do Internacional, caiu de uma forma tão pouco natural que o levou a conquistar a estatueta, ops, a votação de pior atuação da rodada. Estava fazendo uma ótima jogada, já havia deixado dois adversários para trás e com a bola dominada, de frente para o gol, em vez de insistir no lance ou tentar o passe para a esquerda, onde Fabrício estava livre, caiu quando sentiu uma mão na manga de sua camisa. O máximo que conseguiu, além de desperdiçar um ataque, foi levar um cartão amarelo.