Desde a eliminação nas semifinais da Taça Libertadores da América para o Corinthians, na última semana, o discurso no Santos tem sido o de "refletir" e pensar no futuro. Parte disso, inevitavelmente, passa pelas renovações contratuais de alguns dos principais jogadores do elenco. Dentro deste contexto, cinco titulares despontam como nomes "fundamentais" nesse processo: o zagueiro e capitão Edu Dracena , o lateral-esquerdo Léo , o volante Adriano, o meia Paulo Henrique Ganso e o atacante Borges .
Dentre eles, apenas o experiente lateral de 37 anos e ídolo da torcida ainda não teve a conversa por uma prorrogação de vínculo iniciada. Mesmo assim, o clube garante, por meio do superintendente de futebol Felipe Faro, que não tem pressa para definir nenhuma das situações.
Santos negocia para definir renovações com peças importantes do atual elenco (Foto: Flickr do Santos)
Do quinteto, três (Edu Dracena, Léo e Borges) têm contrato com o Peixe até o fim do ano. A partir de julho, restando seis meses para o fim de suas ligações com o clube, terão a possibilidade de assinar pré-contrato com qualquer outro time. O caso de Borges é o que chama mais atenção, pois o atacante, que perdeu o posto de titular para Alan Kardec na reta final do Campeonato Paulista, já esteve na mira do Palmeiras e, no começo do mês, foi especulado como possível reforço do Cruzeiro.
Apesar disso, o ex-diretor de futebol do Santos e atual integrante do Comitê de Gestão, Pedro Luiz Nunes Conceição, não vê necessidade para afobação e prefere não se aprofundar sobre o assunto.
- Sim, pela legislação ele (Borges) pode assinar um pré-contrato, mas vamos continuar conduzindo tudo de forma natural - prometeu o dirigente.
No caso de Edu Dracena e Léo, não há registros de clubes interessados nos jogadores. No entanto, o Alvinegro tem vontade de permanecer com os serviços de ambos. De acordo com Pedro Nunes, o Santos já conversa para renovar o vínculo do capitão.
- Estamos conversando, mas os detalhes da negociação são de interesse do clube e do atleta - resumiu o dirigente.
Quanto a Léo, a explicação é que tudo dependerá do interesse do lateral. O desejo do atleta é continuar ajudando o clube dentro ou fora do campo, até como dirigente. Independentemente disso, Léo costuma dizer que ainda "tem lenha para queimar", apesar da possibilidade de aposentadoria no final do ano não estar descartada.
- (A renovação) Estará muito condicionada à intenção do jogador. O relacionamento do clube com o atleta é excelente. Na hora certa, vamos resolver - concluiu Pedro Nunes.
Grupo do Santos pode sofrer grande reformulação no fim do ano (Foto: divulgação/Santos FC)
Valorização
As situações de Adriano e Ganso são diferentes, pois os contratos da dupla são mais longos. O volante está ligado ao Alvinegro até agosto do ano que vem, e o meia tem contrato com o time da Vila Belmiro até 2015. O que se discute aí é uma valorização dos atletas. Adriano tem o menor salário dentre os titulares e já revelou estar "chateado" com a falta de uma renovação - o ordenado do jogador é o mesmo desde 2008.
Quanto à Ganso, as conversas entre o Santos e o staff do meia estão alinhadas para formatação de um novo vínculo em moldes semelhantes ao de Neymar. Além do reajuste salarial, o contrato esperado prevê, dentre outras questões, complemento nos vencimentos com contratos de publicidade e a cessão de uma porcentagem da imagem do jogador - um dos pontos que mais atravancou a renovação no ano passado. A ideia, porém, é que a multa rescisória (R$ 129 milhões) e o tempo de contrato (fevereiro de 2015) sigam os mesmos.
- Fizemos propostas. O Adriano tem contrato até agosto do ano que vem e o Ganso um vínculo longo. Não é uma "sangria desatada". Estamos conversando em um ritmo bom para os atletas - explicou Felipe Faro.
No clube, há quem julgue a negociação com o volante bem mais simples e fácil de ser definida do que a com Ganso, em virtude dos recorrentes problemas entre DIS - empresa que gerencia a carreira do "maestro" - e o Peixe.
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