A bola aérea tem dado muita dor de cabeça aos torcedores do Santos. Nos últimos cinco jogos, foram sete gols sofridos - cinco deles a partir de cruzamentos, em bola parada ou não. O último deles foi o primeiro da derrota por 3 a 0 para o Cruzeiro, domingo, no Mineirão.
Nos tropeços contra Corinthians (Vila Belmiro) e Internacional (Beira-Rio), os dois por 1 a 0, a equipe foi vazada após bolas alçadas na área. E não foram só os jogadores considerados titulares que encontraram dificuldades nesse tipo de jogada. Na derrota por 2 a 1 para o Londrina, há 10 dias, no Estádio do Café, quando o Peixe atuou com reservas, as duas bolas na rede dos catarinenses também saíram de cruzamentos.
O curioso é que defender esse tipo de jogada é algo bastante treinado no CT Rei Pelé. No sábado, na última atividade antes da viagem para Minas Gerais, os alvinegros trabalharam cruzamentos à exaustão - além de contra-ataques a partir de roubadas de bola. O mesmo ocorreu no dia que antecedeu o clássico diante do Corinthians.
O técnico Oswaldo de Oliveira reconheceu que a jogada tem preocupado e reforçou o empenho do time em corrigir os erros nos treinos. Ele ainda enumerou prejuízos que o setor defensivo tem tido devido a lesões de alguns de seus principais jogadores.
- O Neto teve lesão (lombalgia), o Gustavo (Henrique) voltou de cirurgia (no joelho direito), o Jubal repetiria o jogo e machucou durante a semana (edema na coxa direita, sofrido na vitória por 2 a 0 sobre o Londrina, na quinta-feira, pela Copa do Brasil), o Bruno Uvini teve uma lesão na face (contra o Cruzeiro) e não pôde completar o jogo, o Edu Dracena entrou nesse aspecto de ritmo e frequência de jogos até precocemente... Essas coisas acarretam prejuízo - analisou.
O Santos se reapresenta nesta segunda-feira à tarde, no CT Rei Pelé. Na terça-feira, o elenco realiza o único treino com bola antes de encarar o Atlético-PR, na quarta-feira, às 19h30, na Vila Belmiro, pela 16ª rodada do Brasileirão. O Peixe é o 10º colocado, com 20 pontos.
Oswaldo tem treinado a bola aérea, mas Santos segue sofrendo com "caos aéreo" (Foto: Ricardo Saibun/ Santos FC)