sábado, 23 de junho de 2012

Vila Belmiro é trunfo do Santos para dar fim à ressaca da Libertadores




Nada melhor que o próprio lar para curar a ressaca. Isso serve para o Santos, que neste domingo, às 18h30m, faz seu primeiro jogo pelo Campeonato Brasileiro após o adeus à Taça Libertadores da América. É que desde 2003 - quando se iniciou o sistema de pontos corridos na competição - a Vila Belmiro se mostrou um verdadeiro bálsamo para os santistas depois da equipe se despedir dos torneios disputados paralelamente ao Brasileirão. Nas duas vezes em que o jogo da "ressaca" teve mando alvinegro, o Peixe levou a melhor.


Em 2003, curiosamente, o rival foi o mesmo deste domingo: o Coritiba. Na ocasião, o Santos acabara de perder a final da Libertadores para o Boca Juniors-ARG. Diante do Coxa, no entanto, o time praiano deixou o abatimento para trás e venceu por 3 a 1, com gols de Jerri, Fabiano e Preto - Tcheco diminuiu. A situação santista à época, porém, era bem diferente da atual - a vitória rendeu ao time de Robinho e Diego a liderança do Brasileirão, enquanto a atual equipe ainda corre atrás do primeiro triunfo no certame.


Ambiente, Santos x Corinthians - Vila Belmiro - Santos (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Vila Belmiro, lugar ideal para o Santos "curar a ressaca" (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)


Três anos depois, a "ressaca" pós-eliminação seria mais uma vez curada em Urbano Caldeira. O Santos acabara de deixar a Copa do Brasil nas quartas de final, ao ser batido pelo Ipatinga nos pênaltis. Pelo Brasileirão, a reação veio na rodada seguinte, com vitória por 2 a 0 sobre o Fortaleza, em Santo André. Rodrigo Tiuí e Rodrigo Tabata marcaram para o Alvinegro Praiano, que com o resultado ratificou a então liderança do campeonato - então com apenas quatro rodadas disputadas.


Ressaca "contínua"

Mas se por um lado ter o mando de campo tem sido o ideal para o Santos "curar" as lembranças do torneio recém acabado, por outro jogar fora de casa só aumentou o martírio. Nas seis ocasiões em que isso ocorreu, o time praiano foi batido em quatro oportunidades. Em 2004 (após ser eliminado da Libertadores pelo Once Caldas-COL) e 2005 (despachado do torneio sul-americano pelo Atlético-PR), o Peixe até escapou da derrota, ao empatar, respectivamente, com Atlético-MG (3 a 3) e Fortaleza (0 a 0).


De 2007 a 2011, porém, o Alvinegro Praiano foi superado sempre que voltou de uma competição paralela. Em 2007, depois de cair diante do Grêmio nas semifinais da Libertadores, o Santos foi derrotado por outro gaúcho: o Internacional (1 a 0), no Beira Rio. No ano seguinte, após a queda para o América-MEX nas quartas da competição continental, o Peixe acabou goleado pelo Cruzeiro (4 a 0), em Minas Gerais.


Nem mesmo quando veio de títulos nos "torneios paralelos" dois últimos anos, o Santos escapou de ter a "faixa carimbada". Em 2010, o Peixe se deparou com o mesmo rival que bateu na decisão da Copa do Brasil, o Vitória. O time baiano, porém, deu o "troco" no Alvinegro Praiano e venceu por 4 a 2. Já em 2011, no jogo seguinte à conquista da Libertadores, um "mistão" santista foi a Florianópolis encarar o Figueirense e também saiu derrotado: 2 a 1.


Resta saber se, neste domingo, Neymar e companhia manterão o "tabu" que rege há oito anos e aproveitarão o fator-casa para dar fim à ressaca pós-Libertadores, ou se a série de tropeços que se estende desde 2007 terá sequência na Vila Belmiro.