Giva comemora um dos gols do Peixe na final da
Copinha (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
O estilo de jogo do Santos nas categorias de base não é um acaso. Com a proposta de um futebol semelhante ao de Barcelona e seleções como Espanha e Alemanha, os times das divisões inferiores do Peixe têm como principal característica o futebol ofensivo e de qualidade. Por isso, zagueiros são treinados desde pequenos a evitar chutões e volantes trabalham os passes, por exemplo.
Tudo isso ficou claro Copa São Paulo de Futebol Junior deste ano. Durante a competição, a equipe se propôs a isso e o resultado veio dentro de campo, com a conquista do torneio após 29 anos de espera.
– Desde antes da Copa São Paulo do ano passado tivemos uma conversa na qual a direção passou que a gente deveria sempre buscar o jogo ofensivo, independentemente do resultado. Buscar o jogo, vencer e convencer – disse o treinador Claudinei Oliveira.
– O título vai agregar muito na minha carreira, mas, se para ganhar eu precisar trair as tradições do clube, o que o clube pretende, que é jogar bonito, prefiro não ser campeão – completou.
O interesse em fazer esse trabalho desde as categorias de base tem como intuito principal levar jogadores prontos para o time profissional. Com um estilo de jogo único, os atletas demoram menos tempo para se adaptar quando são convocados para o time cima.
– A equipe que a gente procura fazer parecido é o Barcelona. Jogar como a seleção da Espanha, da Alemanha... Estamos tentando isso, jogar sem um volante que só marca, que todos joguem, recuperarem a bola no campo de ataque... – destacou Claudinei Oliveira.
O Santos, segundo o IFFHS (Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol, em português), é o time profissional com mais gols marcados na história do futebol. Até a partida deste domingo contra o Bragantino, pelo Campeonato Paulista, o Peixe conseguiu 11.895 tentos. Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro, presidente do clube, destaca a importância do chamado “DNA santista”.
– Essa é a filosofia do Santos. É o Claudinei na base e o Muricy no profissional. É a mesma matriz. O mesmo estilo que existe no profissional existe na base. Isso facilita muito a integração dos jovens valores quando chegam ao profissional. É uma vocação que o Santos tem – analisou o mandatário.
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