quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Contra a 'Neymardependência', Muricy cobra 'chegadas' de Cícero e Montillo


Fellipe Lucena e Marcio Porto - 30/01/2013 - 06:00 Santos (SP)


TR Santos x Grêmio Barueri - Neymar, Montillo e Cícero (Fotos: Ivan Storti)


A ordem é clara. Não basta articular as jogadas, pensar o jogo, fazer invertidas, dar assistências. É preciso estar sempre chegando à área, o mais próximo do gol possível. E isso não sai da cabeça dos meias Cícero e Montillo.


Ou pelo menos é isso que o técnico Muricy Ramalho quer que eles tenham em mente durante todos os duelos, inclusive nesta quarta-feira, às 22h, contra o Ituano, em Itu, pela quarta rodada do Paulistão Chevrolet.


Nos dois últimos jogos, contra Botafogo-SP e Bragantino, Cícero cumpriu bem o papel e marcou dois gols. Contra o Braga, no último domingo, no entanto, só conseguiu agradar Muricy após muitas broncas. O técnico quer que a dupla nunca deixe de se aproximar. Sempre ligados.


– No primeiro tempo não houve infiltração como estamos acostumados, com Cícero e Arouca. Pedimos muito no vestiário, porque o forte do Cícero é isso. O Montillo achou o Cícero quando ele entrou – analisou Muricy, após o último confronto.


A recomendação de Muricy é para os dois meias, assim como sempre insistiu com Ganso. Na época que comandou o jogador, o técnico cansou de falar que ele precisava chegar mais à área, pela sua estatura, para poder marcar mais gols, como um verdadeiro camisa 10 tem de fazer.


O problema é que no caso do argentino ele tem um “vício” semelhante ao do hoje jogador do São Paulo: prefere dar assistências até do que marcar gols, como disse segunda-feira, em entrevista coletiva.


– Às vezes gosto mais, mas o gol vai sair com calma, naturalmente – declarou Walter Montillo.


Apesar disso, Muricy continuará insistindo. Dos reforços, os dois são os que carregam mais a esperança do técnico, principalmente para se livrar da “Neymardependência”.


No jogo em Bragança, como não se via há muito tempo, Montillo construiu toda a jogada do gol de Cícero, que executou bem sua função de chegar. Neymar não participou.


Prova de que o Santos ganhará mais alternativas e pode ser mais forte. Mas tem de ouvir o professor.