Gilvan de Pinho Tavares na missa do Cruzeiro
(Foto: Léo Simonini/Globoesporte.com)
O presidente do Cruzeiro, Gilvan de Pinho Tavares, relevou que um dos motivos para vender o meia Montillo foi o desejo do jogador em deixar a Raposa. Na noite desta quinta-feira, o dirigente revelou ao GLOBOESPORTE.COM que o argentino ligou várias vezes para ele, pedindo para ser vendido ao Santos. Embora não tenha sido determinante para o desfecho do negócio, a posição do jogador acabou contribuindo para o acerto.
- Ele manifestou mais de uma vez o interesse. Ele criou uma amizade muito grande com o Neymar , e o Neymar ligou várias vezes para ele. O Montillo disse que já tinha ficado mais um ano (Corinthians e São Paulo tentaram contratá-lo no início de 2012), que já estava numa faixa de idade em que o interesse de outros clubes iria diminuir, e que precisava seguir a vida dele, que era o momento. Ele me pediu várias vezes, mas não foi só isso que nos fez efetivar a venda. É que, com o dinheiro podemos reforçar o plantel. Hoje temos uma base mais bem formada, trouxemos bons jogadores, e vamos trazer mais.
Gilvan, no entanto, deixou claro que Montillo não forçou a barra para sair, diferentemente do que ocorreu no início do ano passado, quando o Corinthians esteve perto de contratar o argentino. Na época, o jogador e seu empresário, Sergio Irrigoitia, teriam pressionado a Raposa.
- (Desta vez) Ele pediu, não forçou a barra, nem o empresário forçou. No princípio do ano forçaram, tanto ele quanto o empresário, mas desta vez eles pediram com educação.
Pela versão de Gilvan, Cruzeiro e Santos já estavam acertados em termos de valores há algum tempo. No entanto, a forma de pagamento era o único impedimento. Enquanto o Santos buscava parcelar os valores, o Cruzeiro batia o pé para receber à vista.
- O presidente em exercício do Santos, o Olídio, veio hoje (quinta) a Belo Horizonte, na parte da manhã, e ficamos reunidos até cerca de 16h. Ele chegou aos valores que o Cruzeiro havia ponderado, e à vista. Ele já havia chegado aos valores, mas para parcelar em mais de um ano. Assim não faríamos o negócio. Ele veio e decidiu fazer o pagamento à vista. Aí não tínhamos como voltar na palavra.
Gilvan não quis revelar os valores, argumentando que o Peixe teria incluído uma cláusula para manter em sigilo essa questão. Segundo o presidente celeste, o Santos negocia com outros atletas e tem receio de que o investimento feito em Montillo possa interferir. No entanto, Gilvan garantiu que a negociação será esclarecida mais para frente. Porém, a informação é de que o negócio foi fechado em € 6 milhões, por 60% dos direitos econômicos do meia que pertenciam ao clube, além do repasse do volante Henrique.
