Alyson Gonçalo e Bruno Cassucci - 10/01/2013 - 19:12 Santos (SP)
Por pressão da torcida do Santos, as obras do muro que colocariam fim à última geral da Vila Belmiro, localizada no gol do placar eletrônico, foram paralisadas. Revoltados com a situação, integrantes de organizadas do clube protestaram contra os dirigentes alvinegros, que prometeram solucionar o problema.
A pressão foi direcionada ao vice-presidente Odílio Rodrigues e até mesmo ao presidente Luis Alvaro, que está de licença médica das atividades do clube, mas recebeu ligações de torcedores do Peixe.
Na tarde desta quinta-feira, inclusive, vândalos invadiram o local e derrubaram parte da parede.
Para dar uma resposta positiva e decretar ponto final na polêmica, os cartolas marcarão uma reunião nos próximos dias com a Polícia Militar, que havia vistoriado o estádio no último mês e solicitado a remoção do alambrado por medidas de segurança. O argumento é que a presença de torcedores no local atrapalharia a evacuação da Vila Belmiro em situações de emergência.
- Vamos conversar com a Polícia Militar, tentar conciliar com o desejo dos nossos torcedores. A torcida considera que foi prejudicada. Sem relaxar no quesito segurança, vamos tentar contemplar todos os interesses - disse Odílio Rodrigues, presidente em atividade.
Nas outras extremidades térreas, como o lado oposto do placar eletrônico e as laterais, o Peixe não conta mais com espaços populares no nível do gramado. Nos últimos anos, o clube apostou na construção de camarotes e arquibancadas, compostas por cadeiras e vidro de acrílico.
Nos últimos anos, por conta da reestruturação, a capacidade da Vila Belmiro encolheu, tendo espaço para 15.800 torcedores. Na história, mais precisamente na década de 60, o Santos chegou a receber 32.986 pessoas em seu estádio.
