Um torcedor do Santos foi morto após o clássico do Peixe contra o São Paulo no Morumbi. O santista Márcio Barreto de Toledo faleceu em decorrência de espancamento cometido por torcedores membros de uma organizada do Tricolor. A violência que é tema cada vez mais recorrente nas mesas de debate esportivo foi assunto no “Arena SporTV” desta segunda-feira. Um dos convidados do programa, o goleiro Aranha disse temer a ação de uniformizadas, mas mesmo assim lamenta o possível fim destas entidades.
- É preocupante porque as coisas estão indo bem hoje e amanhã podem não ir mais. O mais triste ainda é que com esses acontecimentos vai acabar chegando o fim das torcidas organizadas. Sendo que são eles que fazem a diferença no estádio, montam os mosaicos, jogam papel e fazem um monte de coisa. Eles fazem uma festa muito bonita, cantam as músicas, gritam mesmo e dão força. Por outro lado, acontece esse tipo de situação de briga e vandalismo que acaba tirando todo o brilho daquilo que eles constroem e que levam para o estádio. A única coisa que acaba prejudicando tudo é a violência.
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O volante Souza, do São Paulo, relata que na nova cidade sente mais medo de sair com a família. Ele jogava no Grêmio e chegou ao Tricolor nesta temporada.
- Hoje a gente fica um pouco temeroso. No sul é um pouco diferente. Eu estou me adaptando aqui, no sul tem uma tranquilidade a mais. Porque lá não tem torcida organizada, tem a geral do Grêmio, a torcida do Inter, porém não tem tanto conflito quanto aqui e no Rio. Então a gente fica temeroso porque podemos estar saindo do jogo e dar de frente com este tipo de torcida, ou nos avistar, ver o que o carro é do jogador e querer fazer algo. Então é só entregar na mão de Deus e torcer para que não aconteça nada nem com a gente nem com a nossa família, mas é triste ver alguém falecendo, por mais que seja torcedor do santos, é complicado.
Torcedor do Santos foi morto agredido com barras de ferro (Foto: Reprodução / TV Globo)