Treinador justifica postura enérgica por falta de jogadores intempestivos no Santos e rechaça mudança no temperamento
O técnico do Santos, Oswaldo de Oliveira, negou que esteja vivendo um momento mais explosivo na carreira. O treinador rechaçou a fama de "bad boy" ao explicar que a postura mais energética se dá pela necessidade de reagir à arbitragem, e também à falta de um jogador com este perfil no elenco.
"Continuo da mesma maneira. Quem aparece um pouco mais, porque tem personalidade marcante, acaba ganhando estereótipos. É o que acontece comigo. Sempre tive ações emocionais, mas me resguardava quando achava que tinha que me controlar. Só que estão acontecendo algumas coisas na arbitragem que incomodam. Estou revoltado com as faltas, as "botinadas", e o Santos não tem jogadores intempestivos. Nosso time assistiu ao São Paulo dominar a arbitragem (no clássico de domingo, quando Oswaldo foi expulso). Contra o Botafogo, fizemos cinco (gols) e os caras desceram a lenha. O meu time não reclamava em campo. Eu reclamei fora e fui expulso", afirmou.
O treinador ainda cobrou bom senso na hora de o analisarem, uma vez que diz estar apenas cumprindo seu papel de líder santista.
"Agora, sai que sou "bad boy". Aos 63 anos, no máximo eu sou "bad old". Minhas reações são proporcionais. Preciso fazer valer o respeito ao Santos. Não é mudança de personalidade. Quando acho que tenho de reagir, eu reajo, e já fiz isso algumas vezes. Há uma necessidade de se criar estereótipos, dizer que eu mudei. Nada disso. Não tenho no meu time um Romário, um Rincón, um Rogério Ceni. Preciso tomar atitude", declarou.
Em dez jogos pelo Santos, Oswaldo foi expulso duas vezes. Segundo a súmula do árbitro Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza, que apitou o clássico de domingo, o treinador teria dito "Que vergonha, c... de arbitragem. Estão de sacanagem, seus babacas".