A expulsão de Oswaldo de Oliveira no clássico que terminou em 0 a 0 entre São Paulo e Santos, no último domingo, rendeu até um pedido de desculpas do treinador, que pela segunda vez teve de deixar uma partida pelo mesmo motivo. Conhecido por seu jeito calmo, ele se apoiou em uma orientação médica para explicar a reação no jogo válido pela décima rodada do Campeonato Paulista. Para o goleiro Aranha , o técnico tem esse tipo de atitude por sua dedicação ao clube.
- Ele costuma ser uma pessoa muito calma, mas ele vive bem isso, se entrega para o trabalho dele. Então, às vezes acontece esse tipo de coisa, ainda mais quando ele tem consciência de que tem razão naquilo que está falando - comentou o goleiro.
Clássico entre São Paulo e Santos terminou empatado em 0 a 0 (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Oswaldo foi expulso aos 28 minutos do segundo tempo pelo árbitro Marcelo Aparecido, quando reclamou de um pênalti não marcado para sua equipe. O primeiro vermelho do treinador foi no jogo contra o Botafogo, quando o Santos venceu por 5 a 1, na quinta rodada. A justificativa foi também a conduta exacerbada do técnico.
O jornalista Marco Antônio Rodrigues concordou com a expulsão de Oswaldo. O comentarista acredita que esse é um problema geral dos treinadores brasileiros, que ao reclamarem com os árbitros assumem um papel que não é função deles.
- Acho um absurdo o jeito que os treinadores brasileiros pegam no pé da arbitragem. Não é papel deles falar com o árbitro. Não é só o Oswaldo. Mas esse negócio de ficar toda hora enchendo o árbitro é uma falta de compostura dos treinadores. O papel deles é dirigir o time. (Oswaldo) foi muito bem expulso - analisou o comentarista.