quinta-feira, 22 de maio de 2014

Apesar de empate, Oswaldo destaca domínio do Santos no Serra Dourada


O técnico Oswaldo de Oliveira ficou satisfeito com a atuação do Santos no empate por 2 a 2 com o Goiás, no Serra Dourada, pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro. Ele optou por não avaliar a “justiça” do resultado, mas entendeu que o Peixe teve o domínio da partida – mesmo no segundo tempo, quando o time da casa cresceu de produção e chegou ao empate.


- O Santos foi melhor nos dois tempos. Achei que a equipe foi bem no segundo tempo também. O jogo mudou conforme as características dos jogadores que entraram nos dois times. Questão de justiça é relativa. Se tivesse que ter um ganhador, ele seria o Santos, pelo que apresentou e criou – analisou, após a partida.


Os dois gols da Goiás saíram em falhas do próprio Santos. O primeiro, do zagueiro Alex Alves, ocorreu em uma bobeada de marcação depois de uma cobrança de escanteio. O segundo, do meia Erik, surgiu após um passe errado no meio-campo. Oswaldo, porém, preferiu destacar a melhora no entrosamento do time com a nova formação, o 4-4-2.


- Todo gol sai de erro. Pode ser maior ou menor, mais ou menos contundente. Isso é normal. O importante, acho, é a concepção da equipe. O time fez boa partida e, com essa formação de meio-campo instituída já há alguns jogos, eles (atletas) vão se entrosando e o time produzindo cada vez mais – disse.


Oswaldo, por fim, colocou um ponto final na polêmica da semana, quando foi criticado pelo vice-presidente do Conselho Deliberativo do Santos, Carlos Henrique da Fonseca Filho, e o respondeu em entrevista coletiva no CT Rei Pelé.


- Não tem polêmica. É que as coisas que têm muito volume acabam chegando. Tenho meu ponto de vista, independente de qualquer coisa. Não me sinto pressionado. Tenho 40 anos de futebol, sei o que é isso, principalmente em ano eleitoral. Me mantenho equilibrado, tranquilo, fazendo meu trabalho – encerrou.


Goiás x Santos (Foto: Ricardo Saibun/Divulgação Santos FC)Oswaldo de Oliveira aprovou a atuação santista em empate com o Goiás (Foto: Ricardo Saibun/Divulgação Santos FC)


Confira a entrevista de Oswaldo de Oliveira


Importância do Gabriel


- Acho o Gabriel é, sim, um jogador muito importante para o Santos. Mas ele ainda é muito novinho, tem que aprender muito, e está aprendendo muito. É muito esforçado, muito consciente, procurando se aprimorar.


Justiça do resultado


- O Santos foi melhor nos dois tempos. Questão de justiça é relativa. Se tivesse que ter um ganhador, ele seria o Santos, pelo que apresentou e criou.


Os erros influenciaram o resultado?


- Todo gol sai de erro. Pode ser maior ou menor, mais ou menos contundente. Normal. O importante, acho, é a concepção da equipe. Fez boa partida e, com essa formação de meio-campo instituída já há alguns jogos, eles (atletas) vão se entrosando e o time produzindo cada vez mais.


Reclamações e ambiente do clube


- Não reclamei de nada. Quando me fazem perguntas, eu respondo. Quando fazem colocações injustas eu vou atrás da justiça. Acho que o trabalho do Santos, modéstia a parte, tem sido muito bom. Acho que a preocupação de conselheiros e diretores têm de ser dar melhores condições de trabalho, exigir que Santos tenha igualdades de condições nas arbitragens e deslocamentos. Isso é muito importante. O trabalho no CT está excelente. Os garotos têm crescido bastante. Se tiverem um olhar clínico, vai dar para reparar isso.


Polêmica?


- Não tem polêmica. É que as coisas que têm muito volume acabam chegando. Tenho meu ponto de vista, independente de qualquer coisa. Não me sinto pressionado. Tenho 40 anos de futebol, sei o que é isso, principalmente em ano eleitoral. Me mantenho equilibrado, tranquilo, fazendo meu trabalho


Queda de produção no segundo tempo?


- Pelo contrário. Nosso time tem se saído bem. Ocorre que alguns jogadores, às vezes, são exigidos demais, vêm de contusão ou estão menos preparados por um motivo ou outro. Mas, no ritmo que as partidas têm sido disputadas, é natural que alguns jogadores que se expõem mais acabem perdendo em qualidade, principalmente quando você é obrigado a viajar demais sem poder jogar nos seus domínios. No caso do Santos, além da viagem de avião a outros estados, ainda tem a viagem de ônibus (de Santos a São Paulo), o que é corriqueiro. Não é maratona, mas, se soma tudo isso, desgasta. Acho que as duas equipes, nesse aspecto, tiveram um desempenho muito bom.


Campanha irregular


- Eu não tenho que explicar nada. Jogamos muito bem todas as partidas, exceto contra o Coritiba. Vencer é muito relativo. Ganhamos do Figueirense, que ganhou do Corinthians. O Goiás tinha vencido jogos seguidos contra times fortíssimos e hoje (quinta-feira) dominamos o jogo. Às vezes, é questão da bola entrar ou do peso do jogador. Não temos Fred, Barcos, jogadores com esse quilate para botar a bola para dentro. Se olharmos direitinho todos os jogos que o Santos fez, é para se ter bastante tranquilidade.


Projeção até a Copa


- O campeonato tem 38 jogos, não tem nada decidido. Jogar, ganhar, perder e empatar é parte do que temos pela frente. Em dado momento, a equipe começa a vencer, jogar melhor, outra hora não joga tão bem... É muito relativo. Trabalhamos para vencer todas as partidas. Mas acho que a equipe têm se comportado bem.