quinta-feira, 15 de maio de 2014

Oswaldo admite oscilação do Santos, mas vê time parelho com os seus rivais


Oswaldo de Oliveira se disse satisfeito com a vitória por 4 a 2 sobre o Princesa do Solimões, na Vila Belmiro, que garantiu o Santos na terceira fase da Copa do Brasil. O treinador admitiu que o time oscilou na partida e poderia ter sido mais eficiente na conclusão. Mas, mesmo com os gols sofridos para o time amazonense, o técnico fez elogios ao sistema defensivo da equipe.


- Foi um resultado excelente. Conseguimos a classificação. Acho que a nossa equipe oscilou. Poderíamos ter tido um aproveitamento melhor no ataque e evitado os gols que levamos. Por outro lado, ressalto a equipe adversária. É um time rápido, perigoso, que aproveita bem as oportunidades que tem. Lá (em Manaus) também foi assim – analisou.


- No segundo (gol), o rapaz deu um passe com a mão. A jogada deveria ter sido interrompida. E acho que no primeiro gol (do Princesa) nós excedemos na troca de passes na lateral, e o Jubal se precipitou no carrinho. Tinha que ter ficado em pé. Mas acho que nossa defesa, ou melhor, o sistema defensivo, vem jogando bem. O Aranha tem sido pouco exigido. Foi assim no domingo, em Londrina (contra o Figueirense). Estou satisfeito – emendou.


Oswaldo também falou sobre o atacante Gabriel, autor do primeiro gol santista na partida e que chegou a 13 na temporada, disparando na artilharia do time no ano. O treinador avaliou que ele ainda precisa amadurecer, mas não tem dúvidas de que o garoto, que voltou a atuar como “falso” centroavante, é decisivo.


- Acho que ele precisa ganhar mais maturidade com alguns lances. Em Londrina, ele também se precipitou em uma bola. Mas é um jogador decisivo, sempre pronto para finalizar. Acho que a evolução dele, numa função (centroavante) ou na outra (“falso” nove), será jogando – disse.


O técnico, por fim, rechaçou que o Santos esteja atuando em um nível abaixo dos rivais.


- Na primeira rodada (do Campeonato Brasileiro), empatamos com o Sport criando inúmeras oportunidades e os times que venceram naquela ocasião não jogaram melhor do que a gente. Nosso aproveitamento tem sido razoável diante dos problemas. Não vejo o Santos técnica e taticamente muito distante dos outros – afirmou.


Confira, abaixo, a íntegra da entrevista de Oswaldo de Oliveira


Gabriel


- Praticamente não o utilizei na função de origem dele. Quando cheguei, ele jogava pela direita. Conosco estava jogando atrás do centroavante ou como centroavante. Vem rendendo bem nas duas. Fez gols nas duas funções. Acho que ele ainda tem que ganhar mais maturidade com alguns lances decisivos. Em Londrina ele também se precipitou em uma bola. Mas é um jogador decisivo, sempre pronto para finalizar. Acho que a evolução dele, em uma ou outra função, vai acontecer jogando, porque é realmente muito jovem.



Arena Pantanal


- O campo de jogo é bom. O problema é viajar para lá. Era um jogo que jogaríamos aqui. Essa logística exige muito da equipe. O problema não é a Arena, mas depois jogar em Goiânia, depois no Morumbi, depois em Feira de Santana e depois em São Bernardo. É destrutivo para qualquer equipe. Com certeza no fim desses cinco jogos teremos carga grande e a equipe sofrendo com isso. Acho que o campeonato perde muito em fidedignidade. Não há uma medida técnica correspondente para cada equipe. É diferente jogar com o Bahia na Fonte Nova e chegar em Salvador e viajar para um campo que não sabemos as condições, como aconteceu no domingo passado. São detalhes a serem levados em consideração. Não sou contra Arena. Sou contra o conjunto da obra. Jogar da forma como vamos jogar isso, para nós, do Santos, é difícil permanecer com a performance em alto nível.


Chances criadas


- Eu tenho visto alguns jogos. Eles são diferentes entre si. Botafogo e Criciúma teve muitos gols. Outros nem tantos. Mas não acho que seja algo que desmereça o futebol brasileiro. A crise técnica que tem sido tão badalada passa mais pela organização do nosso futebol, em função da Copa do Mundo. Tem danificado muito o nível técnico. Equipes têm de se esforçar muito mais para contornar essa situação. Esse acúmulo de jogos e essa parada eu acho mais danoso paro futebol do que alguns confrontos mais equilibrados que certamente vamos ter. O Princesa sabia que tinha poucas chances aqui. Então jogaram de forma muito mais franca, relaxada, para fazer uma boa apresentação, e fizeram mais do que o Sport, que veio aqui de forma mais contida. Nem se fale o Grêmio. Então, claro que em um campeonato com 38 jogos, você vendo a situação do Sport, decidindo o Pernambucano, e o Grêmio, vindo de eliminação na Libertadores, sobrecarrega qualquer equipe e faz com que essa equipe seja mais defensiva.


Contratação de Damião


- Foi excelente para o Santos. O que aconteceu até agora ninguém pode prever. Minha expectativa é que ele retorne e dê conta do recado.


Dores de Damião


- Ele nunca externou que tinha dores. Eu achava porque via o comportamento técnico diferente dele. Quando perguntava, ele não se manifestava. É um cara contido, na dele. Eu disse a vocês que ele era muito japonês. Ele não passava apreensão. Sempre muito equilíbrio. Pessoas são diferentes umas das outras. Minha expectativa é que ele se recupere e volte sem dor para render para nós.


Recuperação de Damião


- Não tenho ideia, mas acredito que ele vá voltar muito bem. Tive experiência com jogadores que passaram por esse problema, alguns levados até a cirurgia. Acho que vai depender muito da recuperação dele. Com a parada, acredito que ele terá tempo suficiente de se recuperar e voltar a tempo de se preparar. É a minha expectativa, mas não consigo fazer previsão.


Ausências de Cicinho, Jubal e Alison contra Atlético


- Acredito que os três vão estar prontos. O parecer que tive do Cícero, Alan Santos e David Braz é que eles têm muitas chances de jogar no domingo. Acho que (time) perde, sim. Alison e Jubal têm jogado bem, feito partidas excelentes. Os últimos jogos foram excelentes. Claro que perde. Mas, de qualquer forma, é a carreira do jogador. Ele precisa passar por isso.