O técnico Oswaldo de Oliveira reconheceu a queda de produção do Santos na temporada. Após o empate sem gols com o Grêmio, na Vila Belmiro, pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro, o treinador admitiu que tanto os mais jovens como os veteranos não têm conseguido reeditar as boas atuações do início do ano, quando o Peixe vinha se destacando pelas goleadas, principalmente quando atuava em casa.
A preocupação de Oswaldo tem explicação. Depois de acabar o Campeonato Paulista como dono do melhor ataque, com 47 gols, o Alvinegro ainda não desencantou no Brasileirão: balançou a rede uma vez em três partidas. Além disso, já são dois empates na Vila, estádio onde o Peixe tinha vencido os 12 jogos que disputou antes do torneio nacional começar.
- Eu acho que (a queda de produção) é o somatório de muitas coisas. Precisamos reagir para voltarmos a render como no início do Paulista. Claro que alguns dos meninos sentiram um pouco, os veteranos também não estão reeditando suas melhores partidas, mas o futebol é cíclico. Os jogadores alternam, sofrem os efeitos de alguns resultados. É importante não perder a direção e continuar trabalhando, para, principalmente fazermos os gols - analisou, em entrevista coletiva.
O Santos volta a campo na quinta-feira, às 21h50 (de Brasília), contra o Princesa do Solimões, na Arena da Amazônia, em Manaus, pela Copa do Brasil. Para o jogo, e já buscando alternativas para solucionar as dificuldades na criação, Oswaldo confirmou uma alteração: a entrada do armador Lucas Lima na equipe.
- Temos jogadores qualificados (na armação) O Cícero é experiente, pode reabilitar suas melhores atuações, e eu confio muito no Lucas Lima. Tem entrado bem nos jogos e está amadurecendo. Ele foi se adaptando e terá a oportunidade de iniciar o próximo jogo - disse.
Quanto ao atacante Leandro Damião, que não teve boa atuação diante do Grêmio e deixou o gramado sob vaias no segundo tempo, o treinador deve mantê-lo na equipe contra o Princesa do Solimões. Ele, porém, não descarta que o jogador possa ir para o banco no futuro.
- Ele (Damião) é um jogador de área. A bola precisa chegar em condições. Infelizmente nos últimos jogos não temos conseguido. Dando tempo ao tempo, com o progresso da equipe, ele vai alcançar o que todos esperamos. Tenho de ser paciente, e sou paciente, mas não significa que ele não possa sair da equipe. Eu tenho que ir até o limite. preciso fazer substituições, mas isso não interrompe o trabalho. É um jogador específico, mas, se não tiver produzindo, ele pode ser substituído - concluiu.
Confira, abaixo, os principais trechos da entrevista:
Queda de produção
Eu acho que é o somatório de muitas coisas. Precisamos reagir e restabelecer para a equipe voltarmos a render como no início do Paulista. Claro que alguns dos meninos sentiram um pouco, os veteranos também não estão reeditando suas melhores partidas, mas o futebol é cíclico. Os jogadores alternam, sofrem os efeitos de alguns resultados. É importante não perder a direção e continuar trabalhando, para, principalmente fazermos os gols
Santos sem criação
Todos nós temos opiniões, respeito a de todos e acho que passa um pouco por isso também. Usamos todos os recursos que nós temos, não conseguimos (o gol), mas não quer dizer que o quadro não vai se modificar. Vamos trabalhar para isso.
Opções para a armação
Temos jogadores qualificados (na armação) O Cícero é experiente, pode reabilitar suas melhores atuações, e eu confio muito no Lucas Lima. Tem entrado bem nos jogos, está amadurecendo, se adaptando, terá oportunidade de iniciar o próximo jogo. É por isso que, sempre que conversávamos, eu dizia que elenco está em formação.
Time ansioso pelo momento
É mais um fator. Mas é mais uma situação para superar. São jogadores de qualidade, que podem superar essa fase e voltar a produzir o suficiente.
Leandro Damião
Ele (Damião) é um jogador de área. A bola precisa chegar em condições. Infelizmente nos últimos jogos não temos conseguido. Dando tempo ao tempo, com o progresso da equipe, ele vai alcançar o que todos esperamos.
Cícero
É outro que pode ter bons e maus momentos. Do valor dele ninguém duvida. A expectativa é que, na sequência do torneio, ele volte a ter suas melhores atuações.
Damião no banco?
Qualquer coisa que acontecer, jamais o treinador vai perder paciência. Tenho de ser paciente, e sou paciente, mas não significa que ele não possa sair da equipe. Eu tenho que ir até o limite. preciso fazer substituições, mas isso não interrompe o trabalho. É um jogador específico, mas, se não tiver produzindo, ele pode ser substituído.
Comparação entre os elencos
Acho que é cedo pra fazer análise e comparação. Salta aos olhos o elenco do Cruzeiro, que é excelente, e alguns outros clubes que se reforçaram bastante, no início do ano e durante os estaduais. Mas nós temos muita qualidade no elenco do Santos. É o que eu disse, o elenco está em formação.
Conversas com Damião
O Damião é muito centrado, muito sóbrio, tem posições muito firmes. Normalmente, quando a gente tem conversa sobre equipe, sobre a situação dele, ele é bem racional. Ele procura se tranquilizar para fazer o que tem que fazer. Eu acho que à medida que o tempo vai passando, ele vai ganhando confiança e, por meio de trabalho, vai conseguir se superar, assim como o (Paolo) Guerrero e outros tantos jogadores.
Bola aérea
É uma alternativa que a gente usa eventualmente. Lembro que no ano que o Corinthians ganhou o Mundial contra o Chelsea (2012), o Barcelona perdeu (do Chelsea, na Liga dos Campeões) porque insistiu em entrar na área. Nós, às vezes, precisamos mudar um pouco isso. O que o Grêmio queria aqui? O que o Chelsea queria: roubar a bola e fazer o contra-ataque. A gente precisa realmente alternar, para não ficar na mesmice.