Não foi dessa vez que o Santos voltou a mostrar o futebol vistoso do início do ano. Contra o Princesa do Solimões, na ida da segunda fase da Copa do Brasil, o time de Oswaldo de Oliveira até começou bem, marcou dois gols em menos de 10 minutos e deu sinais de que espantaria a má fase. Mas foi tudo uma ilusão de uma noite de quinta-feira na Arena da Amazônia. O bom desempenho durou apenas 45 minutos. No segundo tempo, o time amazonense cresceu, envolveu o gigante paulista, diminuiu o placar e por pouco não empatou a partida. No fim das contas, a vitória santista por 2 a 1 merece ser comemorada e muito. Por quê? Porque um triunfo que parecia certo quase se transformou em um vexame.
A vitória alvinegra contou com dois gols relâmpagos. O primeiro foi marcado por Gabriel, logo a quatro minutos de jogo. O atacante balançou as redes e homenageou o santista Jair Rodrigues, que morreu nesta quinta-feira, vítima de um infarto do miocárdio. Pouco depois, aos nove, Alan Santos ampliou com uma finalização de muita categoria. Mas, no segundo tempo, o Santos foi engolido pelo entusiasmo do Princesa, que diminuiu logo aos dois, com Branco. Ficou barato, porque a equipe amazonense criou muito, mas parou na má pontaria e nas defesas do sempre seguro Aranha.
Com a vitória por 2 a 1, o Peixe não eliminou o jogo de volta. Assim, as duas equipes se enfrentam novamente na próxima quinta-feira, na Vila Belmiro, às 21h50. Antes disso, o time de Oswaldo de Oliveira volta suas atenções para o Campeonato Brasileiro. No domingo, equipe encara o Figueirense, no Estádio do Café, pela quarta rodada da competição. Já o Princesa do Solimões tem pela frente o Nacional-AM, no segundo e decisivo jogo da final da Taça Cidade de Manaus, o segundo turno Campeonato Amazonense.
Jogadores do Santos comemoram gol contra o Princesa de Solimões (Foto: Edmar Barros/FuturaPress)
Quando a bola começou a rolar na Arena da Amazônia, o Alvinegro Praiano parecia estar de volta aos seus melhores dias. Gabriel, em um belo chute de dentro da área, abriu o placar com apenas quatro minutos. O Santos ainda comemorava quando Alan Santos ampliou. O atual campeão amazonense se mostrou assustado. Antes mesmo dos 10 minutos, uma goleada parecia certa. Mas, aos poucos, o jogo foi virando.
No segundo tempo, com as entradas de Marinelson e do mais que abusado Edinho Canutama, o Princesa do Solimões se transformou. A timidez deu lugar à ousadia. E o pequeno se agigantou contra o grande. O gol de Branco, aos dois minutos, ajudou os amazonenses. Mas não diminuiu o ímpeto. Enquanto o Peixe quase nada criou e Geuvânio e Leandro Damião tiveram mais uma apresentação para esquecer, o time da casa deu canseira à defesa santista. Se o empate não veio, não foi por falta de tentativas. Aranha teve trabalho e, mais uma vez, salvou. Mas a derrota por 2 a 1 já era uma vitória. A equipe conquistou o direito de encarar o Santos na Vila Belmiro.