Bruno Cassucci - 29/10/2012 - 14:19 São Paulo (SP)
Indicado pelo segundo ano consecutivo ao prêmio Bola de Ouro, organizado pela Fifa em parceria com a revista France Football, Neymar sonhava em ser o melhor jogador do mundo desde a adolescência. É o que conta Roberto Antônio dos Santos, conhecido como Betinho, que descobriu o craque quando ele ainda tinha seis anos.
O olheiro relembra que, quando tinha 14 anos, o atacante já ambicionava voar alto no futebol e hoje colhe os frutos de muito esforço.
- Ele já era muito comentado e deu uma entrevista a um jornal local. Ao ser perguntado sobre o sonho dele, Neymar disse que queria ser o melhor do mundo. Graças a ótima estrutura que tem da família, hoje ele pode brigar por esse troféu - conta o olheiro, que hoje trabalha avaliando jogadores para o Santos.
Betinho diz que desde a infância sempre viu um brilho especial no jogador. Exagerando nos adjetivos, ele comenta o sucesso do camisa 11 do Peixe.
- Não vai ser fácil, mas acredito que ele pode brigar pelo prêmio. Neymar é um atleta diferente porque pensa, corre e vê, sempre em movimento. Existe o jogador bom, o craque e o gênio. Ele está na última categoria - comenta Betinho.
Ainda com 11 anos, em 2003, o aspirante a craque chegou ao Peixe graças ao coordenador das categorias de base do clube, o ex-jogador Zito, e também Betinho, que era treinador dele na Portuguesa Santista. O Santos não tinha time para a idade dele e, então, criou as categorias mirim e pré-mirim só para Neymar jogar.
Habilidoso, o prodígio passou a pular etapas e chamou a atenção do Real Madrid (ESP). Wagner Ribeiro, empresário indicado pelo cliente Robinho, levou a Joia para a Espanha e quase tirou o garoto do Santos. No entanto, Marcelo Teixeira, então presidente alvinegro, pagou R$ 1 milhão ao pai do jogador pelo retorno do craque e aguentou críticas internas pela loucura. A tacada deu certo, em 2009 Neymar estreeou pelo Peixe e...bem, depois disso todos conhecem a vitoriosa história do atacante.
