sábado, 22 de dezembro de 2012

Santos oferece três anos de contrato a Nenê, mas salário vira entrave


Fellipe Lucena e Marcio Porto - 22/12/2012 - 08:00 Santos (SP)


Nenê - Paris Saint-Germain (Foto: Franck Fife/AFP)


O Santos intensificou nessa sexta-feira as negociações para tentar repatriar Nenê. Pela primeira vez, o clube fez contato com Gilvan Costa, empresário que representa o atleta no Brasil. Antes, a diretoria tratou com um representante na França, fez uma consulta ao PSG (FRA), clube do meia-atacante, e contatos diretos com o próprio jogador, que desembarcou no país na quinta-feira à noite.


Na conversa com o empresário, o Santos ofereceu um contrato de três anos e uma oferta de salário considerada razoável pela diretoria. Mas, segundo Gilvan Gosta, os valores ainda estão muito distantes do desejado pelo jogador.


Em contato com a reportagem do LANCE!Net, o agente não quis revelar a oferta santista, mas garantiu que foi bem longe de R$ 500 mil mensais e, mesmo que fosse, ainda estaria distante do pretendido. Ele lembra que Nenê recebe mais de R$ 1 milhão por mês do PSG atualmente.


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- O Santos me contactou pela primeira vez, fizeram a proposta, mas muito longe. Ficamos de conversar novamente, mas ainda está longe de um acerto - afirmou Gilvan.


Ciente de que seu cliente tem pressa para resolver o futuro, o empresário gostaria de concluir a situação antes do Natal, mas acredita não ser possível.


- Ainda está tudo muito longe do que ele quer e os negócios têm de ser feitos com calma. O pessoal está colocando o Nenê mais perto do Santos do que está - disse o representante.


Os dirigentes do Santos tentam negociar os salários com Nenê pois sabem que podem tê-lo sem ter de pagar nada ao PSG. O jogador chegou ao país para passar férias, com a intenção de não retornar e com a promessa de que será liberado de graça em caso de acerto com algum clube.


Apesar disso, a diretoria ainda não quer fazer loucuras, pois a prioridade é acertar o retorno de Robinho e, para isso, já terá de comprometer parte importante do orçamento. O atacante pede R$ 1,1 mi de salários e o clube ofereceu R$ 800 mil. Além disso, o Milan (ITA) quer cerca de R$ 27 milhões para liberá-lo, enquanto o Santos tenta se aproximar ao máximo possível deste valor.


Na negociação com Nenê, o Peixe também não terá a prioridade, apesar de o jogador ver como positivo o retorno ao clube que defendeu em 2003. Botafogo, Flamengo e Corinthians também já demonstraram interesse em contar com o atleta.


- O Nenê não vai dar prioridade, nada disso. O Santos é um time em que ele jogou bem, tem identificação, mas prioridade não podemos dar. Vamos analisar tudo o que for proposto - afirmou o empresário.


O LANCE!Net tentou contato com os dirigentes do Santos, mas os celulares do vice-presidente Odílio Rodrigues e do superintendente de esportes Felipe Faro estavam desligados. Na busca por Robinho, Montillo e Nenê, a cúpula tem adotado o máximo de sigilo nas tratativas.