sábado, 29 de dezembro de 2012

Por regra, Robinho não deixa o Milan por menos de 10 milhões de euros


Bruno Cassucci - 29/12/2012 - 08:05 São Paulo (SP)


Robinho - Milan x Sampdoria (Foto: Olivier Morin/AFP)


O Santos terá de pagar mais de R$ 27 milhões para ter Robinho. O valor contábil do jogador é de cerca de 10 milhões de euros e o Milan (ITA) não pode negociá-lo por menos. Isso acontece pois o clube italiano tem capital aberto (Silvio Berlusconi e família são os acionistas majoritários) e os direitos econômicos de todos os jogadores têm um preço determinado com base na quantia paga pela respectiva contratação e tempo de contrato.


Na Itália desde 2010, quando foi adquirido por 18 milhões de euros, o Rei do Drible tem vínculo com o Milan até o meio de 2014. Ele quer deixar o clube e voltar ao Brasil e os rossoneros estão dispostos a negociá-lo, a fim de fazerem caixa para contratar o atacante Drogba. No entanto, o alto valor da transferência emperra a volta de Robinho à Vila Belmiro.


A pedido de Adriano Galliani, vice-presidente do Milan, que está no Brasil, as conversas com a diretoria alvinegra serão retomadas no começo de janeiro. Até lá o Santos busca parceiros e monta estratégias para contratar o ídolo, que pede R$ 1,1 milhão de salário por mês. Internamente, cartolas do Peixe reconhecem que a negociação é difícil e demonstram pessimismo. Porém, a torcedores organizados, o presidente Luis Alvaro Ribeiro se comprometeu a fazer de tudo para ter o jogador novamente.


Paralelo a isso, o clube segue tentando fechar com o meia-atacante Nenê, do Paris Saint-Germain (FRA). Na última quinta-feira, o Peixe aumentou a oferta inicial e agora aguarda uma resposta do jogador e do empresário dele, Gilvan Costa, o que deve acontecer no começo da próxima semana. Como será liberado sem custos pelo PSG, o jogador só precisa acertar salário e luvas, o que torna a negociação mais fácil.


Por outro lado, a pedida salarial de Nenê dificulta um acerto. Na França ele ganhava cerca de R$ 1 milhão e o Santos não está disposto a pagar nem metade desse valor. Além disso, o Alvinegro tem a concorrência de clubes do Brasil e do exterior.


A contratação de Robinho inviabiliza a de Nenê, e vice-versa.