O Campeonato Brasileiro de 2012 ficou marcado por muitas polêmicas em campo. E nem mesmo a mudança na Comissão Nacional de Arbitragem da CBF - Aristeu Tavares substituiu Sérgio Correa no cargo de presidente -, em agosto, resolveu o problema. Com reclamações de todos os lados, quase nenhum árbitro escapou das contestações dos times e torcidas. O GLOBOESPORTE.COM elegeu as cinco maiores falhas do apito na competição (confira os lances no vídeo ao lado).
No topo da lista, o árbitro Nielson Nogueira Dias (PE) e a falta invertida de Marcos Junior, do Fluminense, em Renê Junior, da Ponte Preta. No jogo entre as equipes pela 30ª rodada, em São Januário, o atacante tricolor tentou passar sem sucesso pelo volante alvinegro, tropeçou e caiu puxando a camisa do adversário. O apito indicou a falta, só que ao contrário, para revolta do jogador da Ponte. O juiz deu a infração a favor do Flu, que conseguiu na cobrança o gol da vitória por 2 a 1, em cabeçada de Gum.
Na sequência, é a vez de Pablo dos Santos Alves (ES) e o pênalti não assinalado de Gum, do Fluminense, em Kim, do Náutico. Pela 26ª rodada, o Timbu perdeu por 2 a 1 no Raulino de Oliveira, mas poderia ter tido uma ótima chance de empatar o jogo no fim. Após uma bola alçada na área por Souza, Kim cabeceou à queima-roupa para grande defesa de Cavalieri. Só que a bola subiu e voltou para o atacante, que pulou novamente, mas foi atropelado pelas costas por Gum. O juiz nada marcou no lance.
Em terceiro lugar, o árbitro Célio Amorim e o gol mal-anulado de Miralles, do Grêmio, contra o Vasco. Na partida da primeira rodada, em São Januário, o Tricolor gaúcho balançou a rede duas vezes, mas perdeu por 2 a 1. Isso porque o marcado por Miralles não valeu. Marco Antônio cruzou na área, Fernando Prass pulou e ficou com a bola, mas deixou ela escapar na queda após se chocar com o próprio companheiro Rodolfo. O atacante gremista aproveitou para roubar a bola e empurrar para o gol vazio. Porém, só depois de a rede estufar, o juiz anulou alegando falta no início do lance.
Logo depois, surge Raphael Claus (SP) e a mão de goleiro fora da área que não foi falta. Foi na vitória do Cruzeiro por 1 a 0 sobre o Sport, no Melão, pela quarta rodada. Depois de um chutão para a frente da zaga mineira, Fabinho entrou sozinho pelo meio, mas Magrão saiu do gol e trombou com o atacante. O arqueiro, que entrou na dividida de sola, ainda usou as mãos para fazer uma defesa fora da área e ficar com a bola. No lance em que poderia render a expulsão do goleiro, o juiz nada marcou.
Fechando a lista, novamente o árbitro Nielson Nogueira Dias (PE) e a falta não marcada de Montillo, do Cruzeiro, em Guilherme, do Atlético-MG. No fim do jogo, a zaga atleticana cortou um cruzamento na área, mas a bola ainda ficou com Montillo na lateral do campo. Só que o argentino bobeou e ia perdendo a jogada para Guilherme quando deu um carrinho e derrubou o atacante adversário. A falta não foi assinalada pelo juiz e, na sequência da jogada, o Cruzeiro conseguiu o empate na partida, que terminou 2 a 2, no Independência, pela 19ª rodada.