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O Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) decidiu por unanimidade condenar o Mogi Mirim com uma multa de R$ 50 mil, em julgamento do caso de ofensa racista contra o volante Arouca , ocorrida durante confronto entre Mogi Mirim e Santos, realizado no último dia 6, no estádio Romildo Ferreira, em Mogi. A decisão foi dada nesta segunda-feira, após 1h30m de julgamento, na sede da Federação Paulista de Futebol. Na ocasião, o volante santista foi chamado de "macaco" por um torcedor.
Auditores do TJD, durante o julgamento do 'Caso Arouca' (Foto: Marcelo Hazan)
Interditado desde o dia 7, o Romildão segue impedido de receber jogos do Paulistão. A liberação do estádio depende da análise de um recurso ainda não solicitado pelo clube do interior.
Para chegar a esta decisão, a terceira comissão disciplinar do TJD ouviu o depoimento de um jornalista que estava no local e confirmou as ofensas racistas a Arouca. João Zanforlin, advogado de defesa do Mogi Mirim, reclamou da pena e avisou que entrará com recurso.
- A multa foi exagerada pelo que aconteceu. O que o clube tinha para fazer ele fez. Agora, controlar boca de torcedor... Se tiver de fazer isso, será o fim do futebol. Isso acontece normalmente no campo de futebol, mas não deveria. Foi falta de educação acima de tudo. O tribunal ficou na metade (do valor da multa). Em razão disso, vamos apontar no recurso que é um clube com dificuldade e que R$ 50 mil líquido não foi arrecadado em nenhum jogo como mandante. Estou autorizado pela diretoria a entrar com um recurso - disse Zanforlin.
O Mogi Mirim foi denunciado com base em documentos, vídeos e matérias jornalísticas. O ato discriminatório se enquadrou no artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). A decisão do julgamento já havia sido adiada para que mais testemunhas fossem ouvidas.
Arouca, em ação pelo Santos, contra o Mogi Mirim (Foto: Denny Cesare/Código 19/Agência Estado)