Hoje técnico do Penapolense, Narciso conhece muito bem outro clube paulista, o Santos, onde é ídolo e jogou a maior parte de sua carreira com atleta, além de ter passado por diversas equipes como treinador das categorias de base. No “Arena SporTV”, o treinador tentou explicar o motivo de tanto sucesso do Peixe com jovens revelações, e Narciso ressalta a liberdade do trabalho e o espaço dado às promessas, que sempre têm no time profissional quando despontam (assista ao vídeo).
- O segredo é a confiança que é dada e os atletas que chegam sabem que vão ter oportunidade, e isso faz muita diferença no futebol. Tem professores capacitados para isso e tem dado certo não de agora, mas de muito tempo. Tem uma química ali muito boa que, quando o Santos consegue mesclar seu time com jogadores mais veteranos e a juventude, ele consegue ter sempre grandes resultados. Essa química tem acontecido com frequência no Santos, água boa bate direto ali - brinca Narciso.
Narciso é técnico do Penapolense
(Foto: Silas Reche / CA Penapolense)
Como técnico dos juniores do Santos, Narciso ajudou na conquista do Paulista Sub-20, o Torneio Cidade de Turim, na Itália, além dos Jogos Regionais, em 2008, e o vice-campeonato da Copa São Paulo, em 2010. Já como jogador profissional do Peixe foram 266 jogos e 13 gols. O treinador destacou a característica sempre ofensiva do Santos, mas disse que os treinadores têm liberdade para escolherem seus esquema.
- Acredito que o esquema vai muito do treinador, eu mesmo sempre gostei de jogar no 4-3-3, mais ofensivo. O Santos deu sempre liberdade a todos os treinadores de usar o esquema que eles queriam. Apenas numa época tivemos uma conversa quando alguns times da base estavam usando o 3-5-2, e dissemos para todos se adaptarem a um esquema só para ficar mais fácil para o atleta quando entrar num time sub-15 ou sub-17, por exemplo, estar adaptado dentro da função.
Narciso citou seus dois esquemas preferidos dentro de campo, e com eles levou o Penapolense à fase final do Campeonato Paulista. Nesta última quarta-feira, a equipe venceu o São Paulo, no Morumbi, nos pênaltis, por 5 a 4, e se garantiu na semifinal.
- É o que eu mais gosto, não posso falar que é o esquema certo, porque o esquema certo é geralmente aquele que ganha. O resultado tem um peso muito grande. Mas gosto do 4-3-3, e quando não é ele uso o 4-2-3-1, que é um sistema muito usado hoje também, com dois homens voltando para fazer a marcação até o final. Esses dois acho os principais e melhores esquemas, e os mais prazerosos de se ver - concluiu.