Durval tem contrato por produtividade com o Santos
(Foto: Ivan Stortil / Divulgação Santos FC)
O Santos encontrou nos contratos de produtividade uma forma de economizar dinheiro e ao mesmo tempo incentivar os jogadores a se doarem ao máximo para fugir de lesões e, consequentemente, do departamento médico. Por isso, desde 2010 usa este modelo com parte dos atletas do elenco. Prova da eficiência da fórmula são os líderes em partidas nesta temporada. Durval (63 jogos), Arouca (62), Felipe Anderson (54) e Rafael (53), quatro jogadores que mais entraram em campo no ano, recebem valores fixos e mais bônus por atuações, cada um com suas especificidades. No total, a equipe fez 75 partidas.
O exemplo de Durval é o mais latente. Tímido e reconhecidamente um jogador que sofre poucas lesões, ele só teve um problema muscular na temporada. Aos 32 anos, o atleta recebe um bônus a cada três meses, caso tenha participado de 70% das partidas realizadas. Sistema parecido ao usado com Arouca, 26 anos, que chegou a ter um estiramento na coxa esquerda.
Goleiro titular do Peixe, Rafael, de 22 anos, ganha bônus por partida. A cada dois meses, o atleta recebe valor equivalente ao número de jogos realizados neste período de tempo. Enquanto isso, o jovem Felipe Anderson, de 19 anos, líder do elenco em atuações no Brasileirão com 35 apresentações, tem de bater uma meta anual na temporada para receber um reajuste.
- Depende do jogador. O Santos tem alguns contratos de performance. O que define é um conjunto de fatores que analisamos de cada atleta. Acho que pode ser bom para as duas partes. Consideramos que é uma forma válida de se fazer contratos - diz o vice-presidente Odílio Rodrigues, sem comentar individualmente nenhum caso.
Nos bastidores, esse tipo de acordo é visto como "mata-chinelinho", pois incentiva o atleta a sempre querer atuar. Quando pode, o clube prefere negociar desta forma, em vez de pagar luvas (prêmio por assinatura) e eventualmente perder o dinheiro sem que o jogador sequer entre em campo.
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