"O Neymar, a partir do ano que vem, não deverá estar incluído entre os dez melhores, mas entre os três. Provavelmente será essa a condição dele. O Neymar não precisa ir para a Europa para ser escolhido o melhor do mundo, até porque o treinador que ele tem hoje no Santos é uma pessoa que vem trabalhando com ele há mais de um ano e, durante esse tempo, a gente nota a mudança do Neymar em relação à atitude, ao posicionamento em campo", argumenta o técnico.
"O Muricy [Ramalho] ajudou e ainda ajuda muito o Neymar a crescer na parte tática. Não acredito que ele tenha obrigação de ir para a Europa para que evolua. Quem conhece o Neymar sabe que há uns dois ou três anos ele vem evoluindo muito bem e que provavelmente ainda vai evoluir muito mais."
Não é só em relação à Joia santista que Scolari tem opiniões divergentes da maioria. Para ele, o técnico do ano foi José Mourinho, e o melhor jogador, seu ex-pupilo dos tempos de Portugal, Cristiano Ronaldo.
"Eu vi todos jogarem, claro, mas trabalhei apenas com o Cristiano e eu acho que ele, também pelo decorrer do que fez no Manchester United, na seleção portuguesa e no Real Madrid, merece o reconhecimento. Eu votaria nele."
"Ele vem numa sequência espetacular de quatro ou cinco anos e venceu apenas uma vez. Eu o escolheria. Também porque, por ter trabalhado com ele, sei da dedicação; de quanto ele se envolve com sua condição física e técnica para melhorar e alcançar o objetivo de ser o melhor do mundo."
Sobre as novidades da Seleção brasileira, Felipão diz que já tem um rascunho de como será sua equipe, pensando no compromisso contra a Inglaterra, no início de fevereiro, em Wembley.
"Eu tenho a ideia pelo que vinha observando dos jogos, e agora se trata de pôr em prática nos dois dias de treinamento e, depois, no jogo, para ver se aquilo bate com o que tenho pensado ou se, no decorrer dos amistosos e da Copa das Confederações, a gente fará mudanças", concluiu o treinador.