sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Claudinei afirma que já recebeu mala branca: 'Dinheiro nunca é mal vindo'


Técnico do Santos Claudinei Oliveira (Foto: Ricardo Saibun/ Santos FC)Claudinei afirma que já recebeu "mala branca" (Foto: Ricardo Saibun/ Santos FC)


Faltando duas rodadas para o fim do Campeonato Brasileiro, muita coisa ainda está indefinida na competição. Com times brigando pelo G-4 ou contra o rebaixamento, "mala branca" e "mala preta" serão expressões bastante utilizadas até o dia 8 de dezembro. Nesta sexta-feira, após o penúltimo treino antes do jogo contra o Atlético-PR, o treinador do Santos, Claudinei Oliveira, confirmou que já recebeu dinheiro de outros clubes para correr atrás de um resultado que pouco importava para a sua equipe.


Em entrevista coletiva realizada no CT Rei Pelé, o comandante alvinegro, que faz seu penúltimo jogo à frente do Peixe, no domingo, em São José do Rio Preto, pela 37ª rodada do Brasleirão, disse ter recebido "mala branca" quando ainda atuava como jogador - a carreira profissional do ex-goleiro teve início em 1989 e término em 2003, com passagens por 13 clubes, entre eles o próprio Alvinegro, Portuguesa Santista e Remo.


- Comecei a jogar profissionalmente em 1989 e isso ("mala branca") sempre aconteceu. Já aconteceu em jogos que eu participei. Nosso clube não brigava por nada e recebemos ajuda. A gente correu do mesmo jeito e ganhou um dinheiro a mais. É uma coisa natural no futebol. Dinheiro nunca é mal vindo.


Nas duas últimas rodadas do Brasileirão, o Alvinegro enfrenta duas equipes que brigam por uma vaga no G-4 e uma consequente classificação para a Taça Libertadores da próxima temporada. Claudinei Oliveira, porém, garante que nenhum dirigente ou jogador de outro clube o procurou oferecendo um dinheiro extra para endurecer o jogo contra Furacão ou Esmeraldino. Segundo ele, isso quase nunca passa pela comissão técnica.


- Não chegou nada. Geralmente, o capitão de um time liga para o capitão do outro time. Não passa para os treinadores. Não preciso de incentivo extra para fazer o meu trabalho.


<b>Fiel da balança?</b>


Sem papas na língua, Claudinei Oliveira também comentou sobre a possibilidade do Santos ser o fiel da balança para os times que ainda sonham com o G-4, descartou preocupação com qualquer outra equipe que não seja o Peixe e lembrou que, nas últimas rodadas, o Alvinegro sempre enfrentou equipes que, ou brigavam por uma vaga na Libertadores, ou lutavam contra o rebaixamento.


- A gente tem que fazer o nosso trabalho. Não pode se preocupar com os outros. Depois do jogo contra o Cruzeiro, pegamos Vasco, Bahia, Vitória e Fluminense. Ou seja, a gente não pegou nenhum jogo em que o adversário não brigava por nada. Contra o Fluminense, não tinha dinheiro de ninguém e jogamos o que jogamos.