sábado, 30 de novembro de 2013

Gabriel dribla correria, conclui estudos e agora foca em ser titular do Santos


Bruno Cassucci - 30/11/2013 - 09:06 São Paulo (SP)


Gabriel - Treino do Santos (Foto: Ivan Storti/ LANCE!Press)


Gabriel tem a vida que boa parte dos garotos brasileiros gostaria de ter. Aos 17 anos, já está entre os profissionais do Santos, ganha bom salário, tem fama e faz sucesso entre as garotas. Mas o atacante ainda tem os mesmos compromissos de qualquer outro adolescente. Ou melhor, tinha! Desde a última semana, o jogador concluiu o Ensino Médio e, enfim, poderá voltar-se exclusivamente ao que mais gosta de fazer: jogar futebol.


Se a carreira do atacante decolou em 2013, ano em que subiu para o profissional, fora dos campos ele teve que fazer malabarismo para dar conta dos estudos. Por conta de treinos, viagens e jogos, Gabriel não conseguiu frequentar as aulas e estudar como gostaria ou deveria. Passou, então, a trocar provas por trabalhos e lições de casa, e mesmo com muitas faltas, conseguiu se formar. Não foi fácil, muito menos em algumas matérias...


– Nunca gostei de exatas. Já fiquei de recuperação algumas vezes, em física, matemática... Mas com ajuda dos meus pais e do Santos deu tudo certo – disse, ao L!Net.


Além do incentivo e das cobranças da mãe Lindalva e do pai Valdemir, o atleta teve o suporte de Silvana Trevisan, assistente social do Peixe, que colaborou na realização de trabalhos e lições de casa.


Gabriel afirma que se dava bem em história, mas nunca pensou em seguir carreira relacionada à disciplina. O negócio do garoto sempre foi o futebol, a ponto de ele nem sequer cogitar outra profissão.


– Não sei o que seria de mim se não fosse jogador de futebol. Agora estou tranquilo, mas no futuro, quando parar, posso fazer alguma faculdade ou especialização – projeta o atleta, que neste ano jogou 12 vezes pelo Peixe e fez dois gols.


Livre da correria de sair dos treinos e ir direto para a escola, ele quer focar-se totalmente no futebol agora. Por esse e outros motivos, o atacante acredita que 2014 vai ser o ano dele. Mais maduro e preparado, Gabriel espera se firmar como titular do Peixe. No entanto, a concorrência deve ser ainda mais complicada do que em 2013, já que o clube deve se reforçar. Só com muitos gols para “passar de ano”...


Bate-Bola com Gabriel, atacante do Santos, em entrevista ao LANCE!Net por telefone:


Como fez para conciliar os estudos com a rotina de jogos, treinos, concentrações e viagens?

No começo do ano, estava indo normalmente para a escola, mas aí ficou complicado. Mudei de escola e passei a fazer alguns trabalhos e lições de casa. Mas, sempre que podia, frequentava as aulas.


Como era com os colegas de classe, eles te badalavam muito?

Ah, o pessoal perguntava como era ser jogador, o Neymar... Mas era algo normal, depois acostuma.


Era um bom aluno?

Não era de tirar 10, mas passava de ano sem problemas. Não gostava muito de matemática e já fiquei de recuperação em física.


Levava livro para as concentrações para estudar?

Nunca precisou. Costumava estudar quando voltava para Santos.


Então não era muito difícil, né? A escola te deu uma colher de chá?

Não é que eles pegaram leve, é que eles sabiam como era minha rotina e o pessoal do Santos também me ajudava nos trabalhos.


Como era a ajuda?

Ajudavam a estudar, colocar trabalhos no formato certo, fazer pesquisas. Foram muito importantes.


Vai sentir saudade da escola?

Gostava do pessoal, das brincadeiras, mas prefiro estar no meio do futebol, treinando e jogando.


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