sexta-feira, 29 de novembro de 2013

De saída, Claudinei afirma que abriu mão de 'jogo vistoso' por estabilidade


Claudinei Oliveira Santos (Foto: Ivan Storti/Divulgação Santos FC)Claudinei Oliveira curte seus últimos dias no Santos (Foto: Ivan Storti/Divulgação Santos FC)


Em pouco mais de uma semana, Claudinei Oliveira não será mais técnico do Santos. Cada vez mais perto da sua despedida, o ex-goleiro admite que não colocou em prática na Vila Belmiro todas as suas convicções futebolísticas, mas descarta qualquer rancor em relação à diretoria, que optou por não renovar seu contrato para a próxima temporada.


Depois de seis meses, 39 jogos, 15 vitórias, 12 empates e 12 derrotas no comando do Peixe, Claudinei Oliveira garante que deixa o time, que atualmente ocupa a oitava colocação do Campeonato Brasileiro, com 51 pontos, com a sensação de dever cumprido.


- Não me pediram para tirar o time da zona do rebaixamento. Mas dentro do cenário que se apresentou (saídas de Neymar e Muricy Ramalho), acho que fiz um bom trabalho. Não faria nada diferente do que fiz até agora - comenta o treinador, que assumiu o time na terceira rodada do Brasileirão, no 17º lugar.


Em seis meses, Claudinei Oliveira levou o Alvinegro à metade de cima da tabela do Brasileirão e às oitavas de final da Copa do Brasil. Caso cumpra a meta estabelecida e vença os dois últimos compromissos do ano, chegará ao melhor desempenho do clube desde 2007. Mesmo assim, o treinador santista confessa que não conseguiu colocar em prática tudo o que pensa sobre futebol.



- Eu poderia ter chegado aqui e inovado um monte de coisas. Aí eu perdia cinco jogos e sairia do Santos. Às vezes, abri mão de um futebol mais vistoso por um futebol mais pragmático. Conquistamos 51 pontos. Se não está dentro da tradição do Santos, pelo menos é uma coisa digna.


Adeus sem rancor


De saída do Peixe, Claudinei Oliveira garante não ter motivos para criticar a diretoria pela não renovação de contrato. Ao invés disso, ele prefere agradecer a cúpula santista.


- Não vou julgar a direção, que me deu essa oportunidade. Espero ter aproveitado. Se o futuro vai ser docinho ou azedo, a gente vai ver depois. Eu queria (permanecer) e iniciar o ano como treinador do Santos, mas entendo a diretoria, que tem todo o direito de fazer o que acha melhor para o clube. Quando decidiram pela minha permanência, não questionei em nenhum momento.