Bruno Giufrida - 05/01/2014 - 10:02 Santos (SP)
O ano de 2013 pode não ter sido dos melhores para o time profissional, mas para o sub-20 foi diferente. Após 28 anos do primeiro título da competição, o Santos voltou a ser campeão da Copa São Paulo de Futebol Júnior, depois de vencer o Goiás por 3 a 1, no Pacaembu.
Em 2014, a pressão será maior. E não só por ser o atual campeão: o Peixe, além de tudo, irá jogar em casa, e o técnico Pepinho sabe da responsabilidade de atuar ao lado da torcida, acostumada com vitórias.
Apesar disso, afirma que o apoio dos santistas pode ser importante para a caminhada do seu time. Por isso, espera encontrar a Vila Belmiro lotada na estreia da Copinha, neste domingo, às 17h, contra o Alecrim (RN).
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– No primeiro jogo, por exemplo, acredito que vai ter um bom público e isso vai pesar para o adversário. Mas a responsabilidade também aumenta. Sabemos da cobrança da torcida – disse o técnico.
Em 2013, o atual treinador do time sub-20 do Alvinegro era auxiliar de Claudinei Oliveira. Hoje, confia na qualidade dos jogadores mais experientes do elenco, como Lucas Otávio, Diego Cardoso e Stefano Yuri, para conquistar seu segundo título como técnico do Santos – também foi campeão da Copa do Brasil da categoria, contra o Criciúma, no ano passado.
– Estou me preparando com tranquilidade, porque sabemos da qualidade dos jogadores. A nossa comissão técnica também é boa demais – afirmou o treinador.
Apesar de contar com jogadores experientes, Pepinho também terá de comandar atletas que acabaram de ser promovidos da equipe sub-17. Por isso, espera que a vivência dos mais velhos possa ajudar demais.
– O Lucas Otávio, por exemplo, é de uma qualidade muito grande e tem uma liderança enorme dentro do grupo. É importante ter atletas experientes, que sempre ajudam os mais jovens. Mas não haverá favorecimento, quem estiver melhor jogará – garante o treinador.
Experiência e casa cheia. Essa é a receita do Peixe de olho no 25 de janeiro, dia da final da Copinha.
PREPARAÇÃO ESPECIAL
Segundo o fisiologista das categorias de base do Santos, Gustavo Jorge, o programa de preparação física do elenco santista durou cinco semanas.
– Foram duas semanas de uma preparação mais geral, com resistência de jogo dos atletas. Em seguida, começamos a trabalhar questões mais específicas, de potência, velocidade e ações com velocidade – explicou Gustavo.
Para o fisiologista, o auge será atingido no terceiro jogo da primeira fase, contra o Criciúma:
– O primeiro jogo é um chato por uma série de coisas, como ansiedade e nervosismo.
Bate-Bola com Lucas Otávio
Volante e capitão do time sub-20
Em relação ao grupo campeão de 2013, muitos saíram. Qual é a responsabilidade dos que ficaram?
A gente vai tentar passar a maior experiência possível para os moleques que vão disputar a primeira Copinha. Passar confiança e tranquilidade, porque é um campeonato que tem bastante visibilidade.
O que é preciso fazer para ganhar uma Copa São Paulo?
Em 2013, jogamos o ano inteiro com o mesmo time, tinha o entrosamento. O ponto forte daquela equipe era a união. Todo mundo queria o bem de todos. A gente vai tentar unir o novo grupo. Por isso brincamos bastante com os mais novos.
Jogar na Vila é bom ou ruim?
Por um lado é bom, teremos o apoio da torcida, com a Vila sempre lotada. Mas por outro lado é uma responsabilidade maior ainda. Todos vão querer ganhar de nós, ainda mais por estarmos em casa.
O fato do Santos ser o campeão, aumenta a dificuldade?
Somos o time a ser batido, porque fomos campeões em 2013 e conquistamos a Copa do Brasil. Todo mundo vai querer ganhar da gente. Temos que estar preparados se quisermos continuar como campeões.