quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Caso Neymar: Comitê Gestor do Peixe vai discutir reaproximação com DIS


A denúncia do jornal “El Mundo”, da Espanha, de que o Barcelona teria omitido € 38 milhões (R$ 120 milhões) da negociação que levou Neymar para a Europa não passou batida no Santos. O presidente Odílio Rodrigues admitiu que o Peixe pode acionar os catalães caso entenda ter direito a uma parte do montante supostamente desviado – o Alvinegro detinha 55% dos direitos econômicos do astro. E para se fortalecer no processo, o clube pode até se aliar a um antigo desafeto, mas tão interessado quanto os santistas na história: o grupo DIS.


O assunto, tratado informalmente no clube, será um dos temas da próxima reunião do Comitê de Gestão, na quinta-feira – dentre outros assuntos, como a possível venda de Montillo para o Shandong Luneng, da China, e a definição do patrocinador master para 2014. Informalmente, entre os integrantes do Comitê, entende-se que o Sonda, que possuía 40% dos direitos do atacante, é interessado direto nos desdobramentos do caso.


Neymar, Barcelona x Celtic (Foto: AFP)Santos pode reatar com grupo Sonda, antigo desafeto, para apurar denúncia sobre venda de Neymar (Foto: AFP)


O artigo do “El Mundo”, publicado na segunda-feira, afirma que Neymar deixou o Santos por € 95 milhões (R$ 301 milhões), e não pelos € 57 milhões (R$ 180 milhões) alegados pelo Barça há seis meses. O presidente do clube catalão, Sandro Rosell, porém, reafirmou o montante gasto pelo Barcelona na operação Neymar e explicou não poder entrar em detalhes sobre o contrato devido a uma cláusula de confidencialidade.


O relacionamento ruim entre Santos e o grupo Sonda vêm desde 2010, quando o atacante André foi vendido ao Dínamo de Kiev, da Ucrânia, e o Alvinegro se recusou a repassar à empresa parte da quantia pleiteada. Outra negociação que causou polêmica entre os parceiros foi a do meia Paulo Henrique Ganso para o São Paulo, em setembro de 2012, após quase um mês e meio de desentendimentos entre o jogador e o Peixe.


O clima esquentou, porém, com a ida de Neymar para o Barcelona. Em julho, por meio da DIS, o grupo entrou na Justiça solicitando que os documentos da negociação fossem apresentados por entender que o valor da venda teria sido mascarado. Outros pontos questionados foram os amistosos previstos entre os clubes – se o jogo no Brasil não ocorrer, o Alvinegro recebe € 4,5 milhões (R$ 14 milhões) – e a prioridade na compra de três jovens revelados pelo time praiano (Gabriel, Victor Andrade e Giva) por cerca de € 8 milhões (R$ 25 milhões).