quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Oposicionistas de Santos e Barcelona se unem para investigar caso Neymar


Neymar jogo Atlético de Madrid e Barcelona (Foto: AFP)Oposicionistas do Santos e do Barcelona ainda buscam detalhes sobre negociação (Foto: AFP)


As dúvidas que ainda pairam sobre a venda de Neymar fizeram com que as oposições de Santos e Barcelona unissem forças nos bastidores. A parceria, iniciada em setembro, ganhou fôlego na última semana com a saída de Sandro Rosell da presidência do clube catalão após a denúncia, no jornal “El Mundo”, de que a transação custou € 38 milhões (R$ 121 milhões) a mais do que o anunciado pelo Barça. Um dos líderes da oposição blaugrana, Jordi Cases, entrou com uma ação na Audiência Nacional Espanhola exigindo a investigação do caso.


Presidente da Associação Santos Sempre Santos, um dos grupos de oposição no Peixe, Amado Silva explica que a aproximação com os catalães se deu à medida que os números referentes à negociação de Neymar se tornaram mais nebulosos. A polêmica ganhou força na última terça-feira, quando o pai e empresário do astro, Neymar da Silva Santos, admitiu ter recebido € 10 milhões (R$ 33 milhões) para "assegurar" ao Barça a prioridade na compra do atacante e mais € 30 milhões (R$ 99 milhões) quando o negócio foi fechado.



- O Santos levou um chapéu de mais de € 50 milhões (R$ 150 milhões) e nada foi feito. Nós ficamos indignados. O contrato do Neymar ia até 2015 e, em 2011, surgiu a história de que o Santos renovou o vínculo, mas é mentira. Como se renova um contrato reduzindo a duração em um ano? E, coincidentemente, na mesma época, a imprensa espanhola começou a noticiar que o Neymar estava acertado com o Barcelona – disparou.


O Santos vai se pronunciar ainda nesta quarta-feira sobre os números apresentados pelo Barcelona na última semana e, na terça-feira, pelo pai de Neymar. O Peixe, até o momento, garante apenas ter recebido os 55% a que tinha direito dos € 17,1 milhões (R$ 54 milhões) pagos pelos catalães pela transferência propriamente dita. Os 45% restantes foram divididos entre a DIS (40%) e a Teisa (5%).