sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Caso não pague Doyen por Damião, Santos pode ter os bens penhorados


Leandro Damião e Alberto (Foto: Lincoln Chaves)Leandro Damião e Alberto (Foto: Lincoln Chaves)


Apresentado nesta quinta-feira, o atacante Leandro Damião pode dar prejuízo ao Santos. Quando vender o jogador, em no máximo cinco anos – prazo do contrato do jogador com o clube -, o Peixe precisará devolver os R$ 42 milhões emprestados pelo fundo de investimento Doyen Sports com juros de 10% ao ano. Caso o Alvinegro Praiano não pague o montante aos investidores, bens materiais do clube serão penhorados.


Ao Doyen Sports, o atacante custou € 13 milhões (segundo a cotação da época, cerca de R$ 42 milhões). O fundo de investimento, porém, funciona como um banco. Neste caso, por exemplo, o Peixe escolheu que jogador queria, o Internacional apresentou o valor que queria, e o Doyen desembolsou o montante. Mas o Alvinegro precisa devolver a quantia.


Como na Europa, onde empresas não podem ter participação em direitos econômicos de atletas, o fundo envolvido nessa negociação também não tem qualquer porcentagem do passe de Damião. Por isso, valor desembolsado, mais os juros, precisam ser devolvidos pelo Peixe em até cinco anos.



- A Doyen é um fundo como outros que, na Europa, são importantes para compra de jogadores por conta do Fair Play Financeiro, que deve ser implantado em breve no Brasil. O Santos escolhe o jogador, negocia valores com o clube e faz contrato com a Doyen, que repassa o dinheiro, e o Santos contrata. Os direitos federativos (de Leandro Damião) são do Santos – explica o presidente em exercício do Alvinegro Praiano, Odílio Rodrigues.


No início do mandato do presidente Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro, afastado do comando do Santos desde agosto do ano passado por motivos de saúde, o clube já teve problemas com dívidas, que quase resultaram na penhora da Vila Belmiro. Na oportunidade, o ex-presidente Marcelo Teixeira tinha R$ 41 milhões a receber do Peixe – o valor caiu para R$ 30 milhões após acordo.


* Com supervisão de Alexandre Lopes