quarta-feira, 12 de março de 2014

Clima de reencontro e amizade marca treino do Coritiba no estádio do Cene


Sob olhares do pai Adir, Keirisson cumprimenta Roberto César, ex-colega da base do Cene (Foto: Hélder Rafael)Sob olhares do pai Adir, Keirrison cumprimenta Roberto César, ex-colega da base do Cene (Foto: Hélder Rafael)


O clima de reencontro tomou conta do estádio do Cene na tarde desta quarta-feira, onde o grupo do Coritiba fez o último treino antes do duelo entre as duas equipes pela Copa do Brasil. Reencontro do atacante Keirrison com o clube que o formou, de ex-colegas de categorias de base, de irmãos que há tempos não se viam, de pai e filho.


K9 passou a juventude no Olho do Furacão até se formar como atleta e ser negociado com o Coritiba, em 2006. Desde que se transferiu, essa é a primeira vez que o atacante volta ao campo onde deu os primeiros passos para um compromisso como profissional. No Cene, Keirrison criou laços de amizade que até persistem hoje. Como o meia Roberto César, hoje com 27 anos e que defende o Furacão Amarelo.


- Joguei com o Keirrison uns três anos, e quando disputávamos os campeonatos no sub-17, dei muitos passes para os gols dele - relembra o meia.


Em 2003, o pai Adir era o técnico do filho Keirrison no time sub-17 do Cene (Foto: Hélder Rafael)Em 2003, o pai Adir era o técnico do filho Keirrison no time sub-17 do Cene (Foto: Hélder Rafael)


Roberto César não foi relacionado para o jogo contra o Coritiba, mas fez questão de assistir ao treino do Coxa e ganhou um abraço do amigo.


- Cesinha é um grande amigo que criei na infância, e continuo tendo. Estamos sempre em contato. Dentro de campo a gente sempre recebia os passes dele, fico feliz de revê-lo - conta Keirrison.


Adir: camisa 9 e goleador como o filho Keirrison (Foto: Hélder Rafael)Adir: camisa 9 e goleador como o filho Keirrison (Foto: Hélder Rafael)


O pai de K9, Adir Carneiro, vive em Campo Grande e administra uma escolinha de futebol. Acompanha o filho sempre que pode, e mesmo à distância procura incentivá-lo a se recuperar das sérias lesões que teve na carreira. Assim como Keirrison, Adir também foi camisa 9 e fez fama de goleador. E assim como o filho, ele também sofreu com contusões no joelho.


- Fui o segundo maior artilheiro da história do Operário-MS, só ficando atrás do Lima. Fiz mais de 300 gols, mas encerrei a carreira cedo, aos 30 anos, por causa de uma lesão séria no joelho. O caso do Keirrisson foi mais grave do que o meu, só que tenho conversado bastante com ele. Sinto que ele está bastante animado com o retorno - conta Adir.


Zagueiro Chico revê o irmão Luiz Antônio, que mora em Campo Grande (Foto: Hélder Rafael)Zagueiro Chico revê o irmão Luiz Antônio, que mora em Campo Grande (Foto: Hélder Rafael)


O zagueiro coxa-branca Chico também aproveitou a passagem por Campo Grande para reencontrar o irmão, Luiz Antônio Pôncio, de 32 anos. Os dois não se viam há um ano e meio, e se encontraram no CT do Cene. O tempo entre o desembarque do ônibus e o início do treinamento foi o suficiente para que os irmãos trocassem ideias e matassem a saudade.


- Nossa família é toda do Paraná, e eu moro em Campo Grande há dez anos, onde constituí família. Na quinta-feira estaremos todos na arquibancada do Morenão, torcendo pelo Chico - diz Luiz Antônio.


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