Em jogo movimentado, o Santos empatou com o Rio Claro por 3 a 3 na noite deste domingo, no Estádio Augusto Schimidt, pela 15ª rodada do Campeonato Paulista. Em duelo que contou com o santista Geuvânio e o "caipira" Léo Costa inspirados, os dois times viram os ataques se sobressairem às defesas.
Pressionado pela vitória do Bragantino no sábado, o Rio Claro começou melhor, mas viu o Santos abrir o placar. Antes do intervalo, empatou. No segundo tempo, uma chuva de gols: o Peixe fez o segundo, o Galo Azul virou para 3 a 2, mas o Alavinegro Praiano empatou novamente. Tudo isso em menos de 30 minutos.
Com o empate, o Santos chegou a 33 pontos, permaneceu na liderança do Grupo C do Paulistão, mas perdeu a primeira colocação geral para o Palmeiras, adversário do próximo domingo, na Vila Belmiro, pela 15ª e última rodada do estadual. Para o Rio Claro, fica a esperança por um milagre. Com 20 pontos, o Galo Azul é o terceiro colocado do Grupo D - dois atrás do Bragantino. A equipe volta a campo também no domingo, contra a Portuguesa, no Canindé.
O pulso ainda pulsa...
Precisando de uma vitória para seguir vivo no Paulistão, o Rio Claro iniciou o jogo sem se importar com o Santos e sua boa campanha. Com André Luiz, o Galo Azul insistiu com perigo pelo setor esquerdo. A pressão nos 15 primeiros minutos foi tão grande que desnorteou os jogadores do Peixe. Que o diga Cicinho, que quase marcou contra ao desviar cobrança de escanteio de Rafael Costa.
Rio Claro e Santos fizeram jogo movimentoado no Augusto Schimidt (Foto: Léo Santos/Agência Estado)
Aos poucos, porém, o Alvinegro Praiano impôs seu futebol de passes rápidos. Alternando suas jogadas pela direita, com Geuvânio, e pela esquerda, com Rildo, o time de Oswaldo de Oliveira chegou. Com Gabigol apagado e Leandro Damião bem marcado, os ponteiros comandaram o ataque santista. E foi pelos pés de um deles que a rede balançou pela primeira vez no Augusto Schmidt. Aos 21 minutos, após toque de calcanhar de Damião, Geuvânio soltou a bomba e contou com a colaboração do goleiro Cleber Alves para fazer sorrir a torcida do Peixe.
O gol fez acordar o Rio Claro. Liderado por Léo Costa, o artilheiro da equipe no estadual, o Galo Azul começou a apostar nos chutes de longa distância. Um deles, de Rafael Costa, passou perto e assustou. O outro, de Nando Carandina, obrigou o goleiro do Santos a se esticar todo e mandar para escanteio. Mas demorou pouco para o camisa 1 do Alvinegro descobrir que sua noite não seria apenas de boas notícias. Aos 42, Léo Costa cobrou escanteio, Vladimir "catou borboletas" e Renan Diniz empurrou para as redes. Era o gol que o time precisava para voltar renovado para a etapa final.
Uma chuva de gols
E como fez bem ao Rio Claro o gol marcado antes do intervalo! Logo no início do segundo tempo, empolgado com o empate, o Galo Azul quase conseguiu a virada. Mas o que era para acabar em gol virou um lance de Inacreditável Futebol Clube. Depois de receber cruzamento de Carlinhos, André Luiz deixou Cicinho para trás e bateu forte, mas errou o alvo e jogou para fora a chance de fazer o segundo.
O desgosto virou sofrimento logo em seguida. Apagado, Gabigol aproveitou cruzamento perfeito de Geuvânio e, livre dentro da pequena área, tocou de cabeça para colocar o Peixe na frente novamente.
Vencendo o jogo, Oswaldo de Oliveira resolveu mudar o time e mandou a campo Alison no lugar de Leandro Damião aos 24 minutos. Trocar um atacante por um volante não deixou o Santos mais forte na marcação. Pelo contrário. Poucos segundos depois, o Rio Claro chegou ao empate em jogada semelhante ao do gol marcada no primeiro tempo. Léo Costa bateu escanteio, e Renan Diniz cabeceou para fazer 2 a 2.
Dois minutos depois, "cansado" de dar assistências, Léo Costa decidiu ele mesmo resolver as coisas pelos lados do Galo Azul. Com a mesma categoria que usou para dar os passes para os gols de Renan Diniz, ele tocou na bola para vencer Vladimir e virar o jogo. A alegria do Rio Claro durou exatos três minutos. Endiabrado, Geuvânio pareceu "enciumado" com Léo Costa e resolveu ele igualar o duelo assistências/gols. Dos seus pés, saiu o cruzamento que encontrou a testa de Cícero e as redes de Cleber Alves. Tudo igual de novo no Augusto Schimidt.