sábado, 18 de janeiro de 2014

Meninos da Vila comandam Peixe, que bate XV na reestreia de Oswaldo


O Santos foi a campo pela primeira vez em 2014 com seis jogadores formados nas categorias de base, e eles deram conta do recado. Na partida que marcou a reestreia de Oswaldo de Oliveira no comando da equipe, os Meninos da Vila foram decisivos na vitória por 1 a 0, sobre o XV de Piracicaba, na Vila Belmiro, na noite deste sábado.


O gol foi de Gabriel, o “Gabigol”, em lance que teve participação de outros dois pratas da casa: Geuvânio, atacante e destaque santista na etapa inicial, e o lateral-esquerdo Emerson. O curioso é que o herói santista foi a campo improvisado na vaga que será do reforço Leandro Damião. O centroavante, mais cara contratação da história envolvendo times brasileiros (R$ 42 milhões), ainda não está no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF – o Alvinegro tenta liberá-lo para o jogo contra o Ituano, no próximo domingo, ou então para o clássico diante do Corinthians.


O XV, apesar de estar melhor fisicamente – o que ajudou na hora de conter o ímpeto alvinegro na maior parte do primeiro tempo – não soube transformar a superioridade em lances de perigo, assustando pouco a meta defendida por Aranha. Na segunda etapa, com o recuo santista nos minutos finais, a equipe de Piracicaba até pressionou, sem êxito.



O resultado garantiu ao Peixe os três primeiros pontos no estadual e a liderança temporária do grupo C, a frente do Paulista – São Bernardo, Portuguesa e Ponte Preta completam a chave. O Nhô Quim, por sua vez, ainda não soma pontos no grupo B, que também é formado por Audax São Paulo, Corinthians, Botafogo-SP e Ituano.


O Santos volta a campo já nesta terça-feira, às 19h30m (de Brasília), diante do Audax São Paulo, no Pacaembu. Já o XV de Piracicaba recebe o São Bernardo na quarta-feira, também às 19h30m (de Brasília), no estádio Barão de Serra Negra, em Piracicaba.


Gabriel gol Santos (Foto: Mauricio de Souza / Ag. Estado)Gabriel comemora o gol do Peixe na Vila (Foto: Mauricio de Souza / Ag. Estado)


XV segura ímpeto santista, mas Gabigol alivia Peixe


A falta de ritmo uma hora iria atrapalhar, mas não impediu o Santos de ir para o ataque desde os primeiros minutos. Oswaldo de Oliveira foi a campo com uma formação ofensiva, com três atacantes (Geuvânio e Thiago Ribeiro abertos, Gabriel centralizado) e dois volante bem leves (Leandrinho e Arouca). No 4-4-2, o XV, de Edison Só, apostava na contenção a partir do meio-campo, com Alan Bahia e Jean Carioca, e nos contra-ataques pelos lados, tentando as brechas deixadas pelos avanços dos ponteiros santistas – que, na estratégia de Oswaldo, teriam a função de marcar.


O início ofensivo do Santos até animou o torcedor, graças a boa movimentação do trio Gabriel, Thiago Ribeiro e Geuvânio. Pelo meio, Leandrinho virava quase um quarto homem de ataque, já que Montillo, discreto, demorava a engrenar no jogo. Aos poucos, porém, o preparo físico do XV, superior ao do time da casa, ficou evidente. Foi quando o Nhô Quim passou a preocupar, especialmente pela direita, com Vinicius Bovi. Aos 28 minutos, o camisa 2 iniciou a jogada mais perigosa dos visitantes, cruzando para Pitico, livre, cabecear por cima do gol de Aranha.


Mas, quando parecia que o XV de Piracicaba dominaria o jogo até o final do primeiro tempo, os Meninos da Vila desencantaram. Primeiro com Emerson, que, aos 41 minutos, rolou a bola para Geuvânio, perto da meia-lua. Depois com o camisa 7, que espetou a bola na grande área para Gabriel, improvisado como homem de referência. E o “centroavante” fez jus ao apelido de Gabigol: girou sobre dois marcadores e fuzilou, para alívio dos já exaustos santistas


Meninos se acomodam, mas XV não assusta


A etapa final começou com ritmo bem diferente da inicial. O Santos, que voltou a campo sem Montillo (com dores na panturrilha) e com Léo Cittadini, diminuiu bem a intensidade e passou a trocar mais bolas, buscando espaços sem pressa. O XV, apesar de mais inteiro, já não tinha as mesmas brechas do primeiro tempo e sentiu a diferença e se mostrou pouco eficiente na criação. Danilo Sacramento, responsável pela armação do Nhô Quim, não conseguia sair da marcação.


Mas, aos poucos, a cadência santista foi se transformado em acomodação. Aos 30 minutos, por exemplo, Gabriel aproveitou bola espetada após um desarme no meio-campo e, cara a cara com Márcio, mesmo com Thiago Ribeiro livre, tentou a cavadinha – sem sucesso, para desespero da torcida. A marcha lenta do Peixe acordou o XV, que passou a marcar mais presença no campo de ataque. Até o zagueiro Rodrigo, improvisado na lateral esquerda na etapa final, aventurou-se a frente. Mesmo assim, a dupla Adilson (depois Felipe Adão) e Pipico não assustou mais.