O volante do Santos sofreu preconceito racial em partida contra o Mogi Mirim, nesta quinta-feira
A Federação Paulista de Futebol (FPF) anunciou, em comunicado oficial, que o estádio Romildo Vitor Gomes de Ferrari, do Mogi Mirim, será interditado, após atos racistas contra o volante Arouca, do Santos, na noite desta quinta-feira, em partida que acabou com vitória do Peixe, por 5 a 2.
Na partida, m pequeno grupo de três ou quatro torcedores do Mogi Mirim passaram chamar o jogador em coro de "macaco". De acordo com nota emitida pela FPF, nesta tarde, a decisão foi tomada pelo Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol do Estado de São Paulo.
"A ação se tornou necessária considerando que as ações da torcida do Mogi Mirim maculam de forma indelével a disciplina desportiva e também os princípios básicos de civilidade e humanismo", dizia o comunicado.
"A interdição do estádio será mantia até a decisão final do processo disciplinar instalado para averiguar os fatos ocorridos", acrescentou.
O presidente e jogador do Mogi Mirim, o penta-campeão Rivaldo, prometeu justiça e garantiu que vai identificar os torcedores. O técnico do São Paulo, com recente passagem pelo Santos, Muricy Ramalho, também comentou o caso e disse que "idiotas devem ser presos".
O próprio jogador lamentou os atos racistas que aconteceram, emitiu nota oficial e disse que infelizmente "o futebol é um espelho da nossa realidade".